Testimonials
Wanessa Holanda
Acabei de acabar a leitura!
Poxa, Caio, que satisfação você nos oferece...
Pra quem gosta de ouvir estórias e imaginar cenas, livros como o seu é como um gole da melhor cachaça ou como ouvir o mais belo cantar de passarinho.
Eu adorei a narrativa e, principalmente, a simplicidade da narrativa. não é preciso ser grande escritor para escrever bem. pra mim, uma apreciadora convicta das palavras, escreve bem quem alcança as sensações do leitor, e é isso que acontece com o "um caderno e uma moto..". enquanto eu lia, eu ria, eu me emocionava, eu tive medo, e "te via" ali na minha frente contando suas peripécias... esse é o prazer da coisa: essa proximidade, saca? não há uma hierarquia entre escritor e leitor, e sim um prazer de ouvir e uma generosidade ao contar.
Enfim. adorei. e fazia mó tempão que eu não terminava um livro tão rápido
ps1: o último dia não poderia ser melhor. tem coisa mais simbólica que um simples ".. Estou de volta"?
ps2: você não poderia ter escolhido maneira mais ótima de fechar com chave de ouro: o depoimento da Bernadete Beserra, como tudo que ela escreve, foi repleto de sinceridades e afetos.
e ps3: ô família pr'eu amar, oh!
Karine Mattos Brito
Oi Caio, Bom dia!!
Primeiramente te peço desculpas por não ter conseguido ir ao lançamento! Meu chefe viajou e acabei saindo do escritório quase nove da noite!
Obrigada pela dedicatória! Amei!
E já li o livro todinho! Tive uma noite de insônia ontem e você me fez companhia.
Adorei poder ter te conhecido um pouquinho melhor através do teu diário! E acho que você tem toda razão quando diz que a gente não deve deixar de fazer as coisas porque está cansado ou com sono... isso é uma das coisas que eu estou tentando trabalhar e modificar na minha vida!!!
Parabéns pela coragem!
E obrigada pelos ensinamentos!
Marcar um dia desses pra tu ir lá em casa tomar uma vodka e contar um pouco mais dessas histórias!
Beijo grande!!!
Margareth Martins
Menino passarinho Caio Brito, eu já lhe seguia em publicações, fotos... depois da leitura do teu livro, fiquei fã de carteirinha! Pela sua coragem, superação, simplicidade, você não mascarou nada, se entregou inteiro, expôs uma aventura super especial da sua vida! Continue desbravando sonhos, estradas tudo que a vida lhe colocar no caminho... Sucesso e um abraço carinhoso!
Aroldo Holanda
BIRDWATCHER 7
Caio,
Acabei de ler o seu livro. Fantástico!!!!
Gostei muito: Da sua aventura, da maneira simples e objetiva da sua narrativa, do conteúdo, da arte gráfica com aqueles trechos de canções no caput de cada capítulo, dos anexos, etc.
Mas o que me impressionou mesmo foi saber quem é o Caio.
Em vários capítulos do livro você tenta se convencer de que é normal dizendo: "Eu sou normal!!! Eu sou normal!!!"
Não cara!! você não é normal. Você é uma pessoa SUPERIOR que consegue reunir qualidades difíceis de se encontrar, nos dias de hoje, em jovens de sua idade, dentre as quais destacaria:
Determinação e vontade obstinada de alcançar os objetivos do seu projeto, enfrentando, com bom senso e coragem,dificuldades de toda natureza.
Simplicidade, lealdade, companheirismo,fraternidade e capacidade de discernimento tambem não lhe faltam; inconformismo com os erros do Governo e vontade de fazer alguma coisa pelo povo; dedicação à pesquisa e ao ensino.
Continue assim colega.
Mais uma vez parabens.
Ricardo Ribeiro da Silva
Ola Caio Brito, tudo bem? Rapaz, gostaria de lhe parabenizar pelo seu livro, muito bom, do início ao fim, da primeira página até a última. Antes de conhecer sua história senti a vontade de fazer algo similar futuramente, e após conhecer sua história e ter tido a oportunidade de ler o seu livro me senti ainda mais animado para realizar esta aventura daqui alguns anos. Haha...Primeira vez que leio um livro completo em menos de 24 horas. Grande satisfação em ter tido a oportunidade de lhe conhecer no CBO. Grande abraço!
Mayara Santiago
Em um dia (poise, nao consegui passar mais que um dia porque devorei o livro) eu matei a saudade de ti e do bob e me acabei de rir lendo e visualizando tudo!!! parecia que tu tava me contando tudo por mensagem, face ou sei la... simplismente AMEI o livro! voce merece todo o sucesso e reconhecimento, pq ta muitoo irado!!!!
Fidel Machado
Depoimento #1:
De volta a vida real, eis que algo salta os olhos, de forma, assustadoramente, convidativa, incentivando e provando que sim... É possível!! Enfim, prazos, planos e metas. Um novo amigo (vale a ressalva que amigo tem um peso significativo, mas há coisas que não se explicam e não caberia outra palavra aqui que não fosse ela), um momento, um livro. Trocando em miúdos, estou no momento de tirar a tal habilitação para pilotar uma moto e a tal permissividade e repressão dada pela mãe e namorada são sempre recheadas de tragédias e perigos que nos amendrontam, entretanto "quem é ou já foi filho sabe que não é bom dar razão aos pais tão facilmente é isso que eles querem e é isso que eles esperam" por isso, prossigo. Um livro adquirido por curiosidade, carinho, empatia e algo que, no momento, não consigo nomear ou sequer adjetivar. A palavra de ordem era compra, comprei e, como um "fraco" emocionei-me com a leitura do "autografo" e pensei: pronto, o livro já está pago. Gratidão pelas palavras, meu querido.
Dando continuidade.. Hj a noite antes de iniciar as leituras obrigatórias e acadêmicas, dou ouvidos a voz que diz: o primeiro livro do ano tem de ser o do caio, depois vc faz as leituras obrigatórias do mundo acadêmico preto e branco. E abri.. Li, olhos marejados logo com a simplicidade e autenticidade das palavras contidas. Agradecimentos. No prefácio, confesso, as lágrimas, por mais que relutasse insistiram e venceram a resistência com as palavras do teu "padrasto". Senti um orgulho de conhecer, msm que por pouco tempo esse maluco.. No meio da leitura o pássaro (comentado na varanda) cantou e aquele sentimento de uma alegria gratuita invadiu-me de uma forma singular como uma confirmação de que algo mora dentro desse livro e trará coisas boas e transformações necessárias. Encerrada a primeira parte da leitura, não tinha como não enviar algo para agradecer e retribuir oq as palavras, até então me fizeram pensar e sentir. Mto obrigado, brother.
Depoimento #2:
E então, sinto-me um viajante, um andarilho sem, sequer ter saído de casa.. Toda essa sensação provoca um sentimento de êxtase, mas ao msm tempo de frustração, de inveja, de querer!! Talvez esse seja um dos maiores ensinamentos das palavras despretensiosamente escritas.. Caio não é guru, filósofo ou algo do tipo.. Caio é vida com uma enorme sede e vontade de viver.. Caio é uma manifestação da vontade de potência tão comentada por filósofos e nos ensina que quanto mais vida temos/ somos mais vida queremos. As palavras, nem de longe conseguiram expressar todo o aprendizado.. Ainda que o autor tenha tudo um esforço em tomar nota dos acontecimentos diariamente, ousa afirmar que ainda assim os vocábulos são limitados diante do ilimitado vivido. E essa é a crítica.. Nem de longe esse livro consegue apresentar ao leitor a riqueza do aprendizado é a vivacidade das experiências. De criança a aprendiz ou seria de aprendiz a criança? Não seria a criança o mais sedento dos aprendizes? Pudera eu, pudera deixar exposta a criança que reside em mim, pudera eu, pudera voltar a ter a autenticidade, ingenuidade da criança. O mundo é vc, meu amigo.. Vc é o mundo, portanto, VIVA... Como diria o poeta: somos do tamanho dos nossos sonhos, e eu afirmo que és grande, muito grande. Nietzsche fiz que nunca é alto o preço a se pagar pelo privilégio de pertencer a si msm.. Fizeste isso com maestria!! De todas as metamorfoses sofridas, penso que a mais importante seja a de ter tornado-se humano um ser humano no real sentido etimológico da palavra, húmus... Orgulho, admiração e carinho.. Inveja!! Obrigado por ter cruzado e parado nas estradas da minha vida sem ligar o pisca.. Amor, sorriso e mtos pássaros.. Voe alto, irmão e saiba que terás por aqui um amigo. Forte abraço,
Andréa Girão
Fala, caio!!! Acabei de ler teu livro e cá estou pra escrever algumas linhas. Acho incrível a capacidade que os livros têm de nos transportar para onde quer que seja. E com esse, obviamente e especialmente, não poderia deixar de ser. É como se estivéssemos ali, viajando, sofrendo, sorrindo, sentindo a vida pulsar de todas as formas. Não poderia esquecer o bom humor, claro! Quase morro de rir com a parte da cream-cracker e do ffffffoveeever young, afinal, viajar sozinho sem bom humor não é um bom caminho, certo? Ao ler o livro a sensação que dá e de que não queremos parar até terminá-lo. Cada história, encontro casual, dormida, pássaros nos prende nessa aventura que não causa outra coisa senão a latente vontade de, como diria Amir Klink, "simplesmente ir ver". Ver e sentir o mundo e todas as surpresas que ele tem a nos oferecer. E aposto que esse é o sentimento da maioria das pessoas ao terminar a leitura. Que bom que você conseguiu despertar isso em cada um. Descobri o mundo, descobrir-se no mundo. Parabéns pela coragem e pelo livro. Desejo ainda muitos quilômetros, pães com ovo e cafés, pássaros e, obviamente, que te rendam muitas e boas estórias pra contar. A vida é isso. Viver é aventurar-se. Então, o façamos! Grata por ter te conhecido. Grande abraço!
Ahh! Já ia me esquecendo. Ao ler me acometeu uma vontade de fazer uma coisa que há aaanos não fazia. Contrariando todas as regras da boa alimentação, comi o bom e velho miojo!! Kkkkkkkkk
Pedro Ivo Tenório
Dos livros que li na vida, nenhum me fez viajar tanto no tempo como o seu "Um caderno e uma motocicleta". Parabéns, você realizou a viagem que nunca fiz, não sei se por coragem, disposição, grana, ou outra razão qualquer. E hoje (aos, quase, 55 anos) me falta a coragem.
Laís Angelica Borges
Cara, tô curtindo muito o livro, parabéns! Agora há pouco eu decidi te escrever pq não parava de rir com o jeito como vc falou da D. Fátima, no Pantanal. Hilário! Leitura ótima para esses dias de (pseudo) férias.
Anderson Feijó
Acabei de ler ontem o seu livro Caio! Sensacional, está de parabens, gostei muito, e muitas das narrativas eu me identifiquei como viajante solo que geralmente sou. Agora estou no aguarde da proxima viagem e do próximo livro. Abração.
Guilherme Sobreira
Fala, Caio! Bicho, li teu livro! Em uma tirada, comecei hoje a tarde e terminei agorinha! Cacete! Sem muitos comentários por aqui, quero guardá-los para quando te ver pessoalmente.. e pro prometido encontro lá em Guará! Maaaaas.. posso adiantar que é uma leitura inspiradora. Puta que pariu! Massa demais. Sobre o texto.. tu mescla detalhes do cotidiano, com vida amorosa, as passarinhadas, e experiências de viagem.. tudo muito bem escrito e fluído. Parabéns, meu amigo! Quanto às experiências na viagem.. se já te admirava, imagina agora, bicho. Quero te dar um abraço e trocar experiências, saber quais são teus próximos planos (e detalhes daquela viagem pro Sul). Abraço, Caião!!!
Klausen Abreu
Fala meu querido! Tudo tranquilo? Tô entrando em contato pra te parabenizar pelo teu livro, cara. Achei irado tanto a viagem como o relato que tu fez no livro... Dá a impressão que tu tá conversando com o leitor quando a gente tá lendo. É uma leitura muito leve e prazerosa... A viagem já não foi tão tranquila assim ne? uahuahuahu Meus parabéns aí, cara! E sucesso nas próximas viagens e escritas... Abraço
Maria Siliprandi
Caro Caio,
Eu li o teu livro, avidamente. Tu nem sabes quem eu sou, eu acho que nunca te vi, mas a tua existência me é sabida há muitos anos, eu e tua mãe tivemos filhos quase na mesma época.
Tenho certeza de que minha paixão pela natureza foi transmitida também ao meu filho, que hoje é um guardião da sobrevivência do planeta. Ele é biólogo também.
Ao ler teus relatos não pude deixar de me enxergar neles. Eu sempre gostei de andar por aí, rolando pelo mundo, vendo o que é que há. A situação não pode ser mais fake do que é, quando a gente está num outro lugar, mas a gente não é de lá, quer saber e vai, Porque tem que ir.
Algumas coisas me chamaram a atenção nos teus relatos, e vou ter que fazer um paralelo contigo, mesmo que não gostes:
1. A tua disciplina, de acordar cedo, cedíssimo e botar a cara na estrada.
2. Os teus porres. Tu tiveste a honestidade de não ignorá-los, mas me chamou muito a atenção, porque nessa idade a gente faz tanta besteira e se expõe a riscos inimagináveis, se achando muito esperto, ou sortudo. Mas tenho comigo que esse hábito meio exagerado de bebida é algo que vi muito entre os cearenses, sem depreciar, mas sempre achei isso, dos meus amigos cearenses.
3. Sobre os riscos e azarões: Na tua idade uma vez fui até Fortaleza e fomos com uma turma tomar uns banhos de mar na Barra do Ceará. Eu, gaúcha, não entendia nada de mar. As ondas me levaram cada vez mais pra dentro, eu e um suiço que andava conosco e por fim ele conseguiu me empurrar para a areia, Caiu o meu biquini, fiquei toda esfolada e ele ainda disse com aquele sotaque carregado: "Os ondas do Brresil son meio despudorradas!
Mais umas duas vezes me meti em águas, redemoinhos, alturas, por pura ingenuidade e desconhecimento e estou aqui até hoje por pura sorte e uma boa vontade de um ser superior que me segurou. Afinal nenhuma das vezes eu estava deliberadamente entrando em fria ou fazendo mal a alguém.
E se tu tivesses realmente te dado mal dormindo na direção?
Eu também já passei por isso! Numa ocasião, indo pra Florianópolis, cansada, meu filho me salvou, eu ia entrar num caminhão, de frente. O guri gritou comigo e puxou a direção pro outro lado, ali na BR 101. Duas mortes de estrada que não aconteceram! E ali, já não era mais adolescente nem adulto jovem, já era mãe de um adolescente.
4. Pão com ovo e bananas, bem mais saudável que salsichas enlatadas!
5. Adorei tua trilha sonora.
Eu fui para o Perú e Bolívia em 1981, eu tinha 24 anos. Andamos de avião, de trem, de carona, de ônibus. Atravessamos o Pantanal de avião, vendo as estradas alagadas, sem passagem, os automóveis parados. Claro, sempre tinha uma música na cabeça, e até hoje elas estão aí. Como dizia o Artur da Távola, quem tem música tem vida interior e nunca está sozinho.
5. Um anos antes da tua viagem eu estava em Garopaba, Santa Catarina, na beira da praia, em férias. Nessa época, de início da primavera, ainda estava muito frio, só dava pra caminhar na beira da praia e ficar olhando, meditando, escrevendo, ouvindo música. Ao longe comecei a notar coisas estranhas, até que percebi que eram baleias. No penúltimo dia lá decidi ir num passeio de barco pra vê-las de perto. Isso foi realmente impactante, Caio, é uma coisa inimaginável, a emoção que tive. Ganhei 30 lifers, tá, bem mais que tu, de uma vez só.
No dia seguinte começou uma coisa estranha, um dia o meu carro amanheceu totalmente sujo, parecia que alguém tinha deixado cair restos de tinta, ou que tinham atirado uma água suja nele. A praia estava com sol, mas veio uma nuvem tapando tudo e sujando tudo. Toda a viagem até o Rio Grande do Sul foi acompanhada por essa nuvem suja: eram as cinzas de um vulcão chileno, que chegou até o Brasil. Estou te contanto isso porque quero te falar com o seguinte: eu fui pesquisar as datas, foi em outubro de 2011. Nessa minhas férias aconteceram três coisas contundentes. Ganhei mais um lifer com isso. No dia seguinte, fui de Porto Alegre até Bonito, fazer flutuação, ver o Buraco das Araras, a Gruta do Lago Azul etc. e fiquei hospedada num Hostel, imagino que tenha sido o mesmo que tu. Sempre prefiro ficar em hostel, porque viajo muito sozinha e sempre tem a gurizada e alguns tiozinhos dispostos a conversar e enturmar!
De lá fui até o Pantanal, exatamente na Estrada Parque, no Rio das Lontras, num lugar próximo a Corumbá onde tinha sinal de celular, etc. Fui ver ariranhas, antas, jacarés, piranhas, tamanduás, os corixos, todas essas coisas. Até uma onça nós vimos. O passeio noturno de lancha, devorada pelos mosquitos e sem luz elétrica,observando os pássaros nas margens e as estrelas, de dentro do rio, é algo que não me sai da cabeça, os jacarés com seus olhos vermelhos na água...Estavam no hotel os estudantes de Biologia de uma Universidade, não lembro de qual, se era de Uberlândia ou de alguma cidade de São Paulo, com seus professores, fazendo estudos de campo. Tem um campus universitário por lá no rio das Lontras. À noite, quando voltávamos dos passeios, na hora da janta assistíamos às apresentações de cada grupo e seus monitores. Aprendi muita coisa sobre os pássaros, suas características, seus bicos, pernas, asas, cores, etc. Foi uma viagem e tanto, com essas aulas que não estavam programadas.
Mas de tudo isso, assim como tua arara azul foi o must da história, pra mim ter visto uns nove tucanos numa árvore, enquanto fizemos um passeio pelo mato, foi o que mais me emocionou. Eu nunca tinha visto, tucanos soltos, pulando de galho em galho ou voando, todos na mesma árvore. Ganhei mias lifers, tá.
Um ponto horrível disso é que no caminho de volta, de Miranda a Campo Grande, esqueci minha câmera fotográfica na van que nos conduzia ao aeroporto e só me dei conta disso quando estava no avião de volta,, que fui bater uma foto de um rio e... cadê? Telefonei, chorei, liguei várias vezes, mas os brasileiros "bandidos" não acharam nada na van.
Quando eu era pequena ia até Itaqui, a 680 km de Porto Alegre, onde eu passava as férias na casa de meus tios. Ficava desde o natal até março. Meu tio tinha vários cardeais num viveiro e os guris caçavam perdizes e preás. Depois de adulta, um dia voltei pra lá, dirigindo. Dessa vez tive o prazer de ver os preás e os tatus- molita cruzando as estradas e os cardeais, com suas cabeças vermelhas, soltos nas estrada. Dia desse tinha um na praia, num lugar chamado Noiva do Mar, terra onde só tem pessoas de Caxias do Sul, os descendentes de italianos- aqui nós dizemos "os gringos de Cassias".
Ah, eu achava que só existiam cardeais de cabeça vermelha. Agora fiquei sabendo que eles podem ser cor de laranja e os vermelhinhos são chamados de cardeais do sul.
Bem cada um canta a sua terra, e nem quero cantar muito a minha porque a nossa, que temos em comum, é mais bonita. Esse Brasil velho e demolido é muito lindo. Mas vai andar pela América do Sul. Tem que ter uma moto power, por que cacho que nem com uma 750 tu sobes até San Pedro de Atacama. Tem que te motor envenenado.
Vai lá, por que eu já fui, de ônibus, saindo de Porto Alegre, 30 dias, e gastei 1500 reais, há uns sete anos. A Argentina é linda, e o Chile também.
Mas isso aí é uma outra e longa história.
O que nos distancia mesmo é que temos uma diferença de tempo na nossa existência e atualmente estou fazendo viagens de um modo mais confortável. Então, caro Caio, quero te desejar uma vida longa e que esse espírito despojado te acompanhe, para que tu possas te realizar e ser bem feliz sempre, fazendo o que tu gostas.
Aqui no Rio Grande não tem cheiro pra ninguém, então um beijão e um abração de alguém que virou tua fã!
Acabei de acabar a leitura!
Poxa, Caio, que satisfação você nos oferece...
Pra quem gosta de ouvir estórias e imaginar cenas, livros como o seu é como um gole da melhor cachaça ou como ouvir o mais belo cantar de passarinho.
Eu adorei a narrativa e, principalmente, a simplicidade da narrativa. não é preciso ser grande escritor para escrever bem. pra mim, uma apreciadora convicta das palavras, escreve bem quem alcança as sensações do leitor, e é isso que acontece com o "um caderno e uma moto..". enquanto eu lia, eu ria, eu me emocionava, eu tive medo, e "te via" ali na minha frente contando suas peripécias... esse é o prazer da coisa: essa proximidade, saca? não há uma hierarquia entre escritor e leitor, e sim um prazer de ouvir e uma generosidade ao contar.
Enfim. adorei. e fazia mó tempão que eu não terminava um livro tão rápido
ps1: o último dia não poderia ser melhor. tem coisa mais simbólica que um simples ".. Estou de volta"?
ps2: você não poderia ter escolhido maneira mais ótima de fechar com chave de ouro: o depoimento da Bernadete Beserra, como tudo que ela escreve, foi repleto de sinceridades e afetos.
e ps3: ô família pr'eu amar, oh!
Karine Mattos Brito
Oi Caio, Bom dia!!
Primeiramente te peço desculpas por não ter conseguido ir ao lançamento! Meu chefe viajou e acabei saindo do escritório quase nove da noite!
Obrigada pela dedicatória! Amei!
E já li o livro todinho! Tive uma noite de insônia ontem e você me fez companhia.
Adorei poder ter te conhecido um pouquinho melhor através do teu diário! E acho que você tem toda razão quando diz que a gente não deve deixar de fazer as coisas porque está cansado ou com sono... isso é uma das coisas que eu estou tentando trabalhar e modificar na minha vida!!!
Parabéns pela coragem!
E obrigada pelos ensinamentos!
Marcar um dia desses pra tu ir lá em casa tomar uma vodka e contar um pouco mais dessas histórias!
Beijo grande!!!
Margareth Martins
Menino passarinho Caio Brito, eu já lhe seguia em publicações, fotos... depois da leitura do teu livro, fiquei fã de carteirinha! Pela sua coragem, superação, simplicidade, você não mascarou nada, se entregou inteiro, expôs uma aventura super especial da sua vida! Continue desbravando sonhos, estradas tudo que a vida lhe colocar no caminho... Sucesso e um abraço carinhoso!
Aroldo Holanda
BIRDWATCHER 7
Caio,
Acabei de ler o seu livro. Fantástico!!!!
Gostei muito: Da sua aventura, da maneira simples e objetiva da sua narrativa, do conteúdo, da arte gráfica com aqueles trechos de canções no caput de cada capítulo, dos anexos, etc.
Mas o que me impressionou mesmo foi saber quem é o Caio.
Em vários capítulos do livro você tenta se convencer de que é normal dizendo: "Eu sou normal!!! Eu sou normal!!!"
Não cara!! você não é normal. Você é uma pessoa SUPERIOR que consegue reunir qualidades difíceis de se encontrar, nos dias de hoje, em jovens de sua idade, dentre as quais destacaria:
Determinação e vontade obstinada de alcançar os objetivos do seu projeto, enfrentando, com bom senso e coragem,dificuldades de toda natureza.
Simplicidade, lealdade, companheirismo,fraternidade e capacidade de discernimento tambem não lhe faltam; inconformismo com os erros do Governo e vontade de fazer alguma coisa pelo povo; dedicação à pesquisa e ao ensino.
Continue assim colega.
Mais uma vez parabens.
Ricardo Ribeiro da Silva
Ola Caio Brito, tudo bem? Rapaz, gostaria de lhe parabenizar pelo seu livro, muito bom, do início ao fim, da primeira página até a última. Antes de conhecer sua história senti a vontade de fazer algo similar futuramente, e após conhecer sua história e ter tido a oportunidade de ler o seu livro me senti ainda mais animado para realizar esta aventura daqui alguns anos. Haha...Primeira vez que leio um livro completo em menos de 24 horas. Grande satisfação em ter tido a oportunidade de lhe conhecer no CBO. Grande abraço!
Mayara Santiago
Em um dia (poise, nao consegui passar mais que um dia porque devorei o livro) eu matei a saudade de ti e do bob e me acabei de rir lendo e visualizando tudo!!! parecia que tu tava me contando tudo por mensagem, face ou sei la... simplismente AMEI o livro! voce merece todo o sucesso e reconhecimento, pq ta muitoo irado!!!!
Fidel Machado
Depoimento #1:
De volta a vida real, eis que algo salta os olhos, de forma, assustadoramente, convidativa, incentivando e provando que sim... É possível!! Enfim, prazos, planos e metas. Um novo amigo (vale a ressalva que amigo tem um peso significativo, mas há coisas que não se explicam e não caberia outra palavra aqui que não fosse ela), um momento, um livro. Trocando em miúdos, estou no momento de tirar a tal habilitação para pilotar uma moto e a tal permissividade e repressão dada pela mãe e namorada são sempre recheadas de tragédias e perigos que nos amendrontam, entretanto "quem é ou já foi filho sabe que não é bom dar razão aos pais tão facilmente é isso que eles querem e é isso que eles esperam" por isso, prossigo. Um livro adquirido por curiosidade, carinho, empatia e algo que, no momento, não consigo nomear ou sequer adjetivar. A palavra de ordem era compra, comprei e, como um "fraco" emocionei-me com a leitura do "autografo" e pensei: pronto, o livro já está pago. Gratidão pelas palavras, meu querido.
Dando continuidade.. Hj a noite antes de iniciar as leituras obrigatórias e acadêmicas, dou ouvidos a voz que diz: o primeiro livro do ano tem de ser o do caio, depois vc faz as leituras obrigatórias do mundo acadêmico preto e branco. E abri.. Li, olhos marejados logo com a simplicidade e autenticidade das palavras contidas. Agradecimentos. No prefácio, confesso, as lágrimas, por mais que relutasse insistiram e venceram a resistência com as palavras do teu "padrasto". Senti um orgulho de conhecer, msm que por pouco tempo esse maluco.. No meio da leitura o pássaro (comentado na varanda) cantou e aquele sentimento de uma alegria gratuita invadiu-me de uma forma singular como uma confirmação de que algo mora dentro desse livro e trará coisas boas e transformações necessárias. Encerrada a primeira parte da leitura, não tinha como não enviar algo para agradecer e retribuir oq as palavras, até então me fizeram pensar e sentir. Mto obrigado, brother.
Depoimento #2:
E então, sinto-me um viajante, um andarilho sem, sequer ter saído de casa.. Toda essa sensação provoca um sentimento de êxtase, mas ao msm tempo de frustração, de inveja, de querer!! Talvez esse seja um dos maiores ensinamentos das palavras despretensiosamente escritas.. Caio não é guru, filósofo ou algo do tipo.. Caio é vida com uma enorme sede e vontade de viver.. Caio é uma manifestação da vontade de potência tão comentada por filósofos e nos ensina que quanto mais vida temos/ somos mais vida queremos. As palavras, nem de longe conseguiram expressar todo o aprendizado.. Ainda que o autor tenha tudo um esforço em tomar nota dos acontecimentos diariamente, ousa afirmar que ainda assim os vocábulos são limitados diante do ilimitado vivido. E essa é a crítica.. Nem de longe esse livro consegue apresentar ao leitor a riqueza do aprendizado é a vivacidade das experiências. De criança a aprendiz ou seria de aprendiz a criança? Não seria a criança o mais sedento dos aprendizes? Pudera eu, pudera deixar exposta a criança que reside em mim, pudera eu, pudera voltar a ter a autenticidade, ingenuidade da criança. O mundo é vc, meu amigo.. Vc é o mundo, portanto, VIVA... Como diria o poeta: somos do tamanho dos nossos sonhos, e eu afirmo que és grande, muito grande. Nietzsche fiz que nunca é alto o preço a se pagar pelo privilégio de pertencer a si msm.. Fizeste isso com maestria!! De todas as metamorfoses sofridas, penso que a mais importante seja a de ter tornado-se humano um ser humano no real sentido etimológico da palavra, húmus... Orgulho, admiração e carinho.. Inveja!! Obrigado por ter cruzado e parado nas estradas da minha vida sem ligar o pisca.. Amor, sorriso e mtos pássaros.. Voe alto, irmão e saiba que terás por aqui um amigo. Forte abraço,
Andréa Girão
Fala, caio!!! Acabei de ler teu livro e cá estou pra escrever algumas linhas. Acho incrível a capacidade que os livros têm de nos transportar para onde quer que seja. E com esse, obviamente e especialmente, não poderia deixar de ser. É como se estivéssemos ali, viajando, sofrendo, sorrindo, sentindo a vida pulsar de todas as formas. Não poderia esquecer o bom humor, claro! Quase morro de rir com a parte da cream-cracker e do ffffffoveeever young, afinal, viajar sozinho sem bom humor não é um bom caminho, certo? Ao ler o livro a sensação que dá e de que não queremos parar até terminá-lo. Cada história, encontro casual, dormida, pássaros nos prende nessa aventura que não causa outra coisa senão a latente vontade de, como diria Amir Klink, "simplesmente ir ver". Ver e sentir o mundo e todas as surpresas que ele tem a nos oferecer. E aposto que esse é o sentimento da maioria das pessoas ao terminar a leitura. Que bom que você conseguiu despertar isso em cada um. Descobri o mundo, descobrir-se no mundo. Parabéns pela coragem e pelo livro. Desejo ainda muitos quilômetros, pães com ovo e cafés, pássaros e, obviamente, que te rendam muitas e boas estórias pra contar. A vida é isso. Viver é aventurar-se. Então, o façamos! Grata por ter te conhecido. Grande abraço!
Ahh! Já ia me esquecendo. Ao ler me acometeu uma vontade de fazer uma coisa que há aaanos não fazia. Contrariando todas as regras da boa alimentação, comi o bom e velho miojo!! Kkkkkkkkk
Pedro Ivo Tenório
Dos livros que li na vida, nenhum me fez viajar tanto no tempo como o seu "Um caderno e uma motocicleta". Parabéns, você realizou a viagem que nunca fiz, não sei se por coragem, disposição, grana, ou outra razão qualquer. E hoje (aos, quase, 55 anos) me falta a coragem.
Laís Angelica Borges
Cara, tô curtindo muito o livro, parabéns! Agora há pouco eu decidi te escrever pq não parava de rir com o jeito como vc falou da D. Fátima, no Pantanal. Hilário! Leitura ótima para esses dias de (pseudo) férias.
Anderson Feijó
Acabei de ler ontem o seu livro Caio! Sensacional, está de parabens, gostei muito, e muitas das narrativas eu me identifiquei como viajante solo que geralmente sou. Agora estou no aguarde da proxima viagem e do próximo livro. Abração.
Guilherme Sobreira
Fala, Caio! Bicho, li teu livro! Em uma tirada, comecei hoje a tarde e terminei agorinha! Cacete! Sem muitos comentários por aqui, quero guardá-los para quando te ver pessoalmente.. e pro prometido encontro lá em Guará! Maaaaas.. posso adiantar que é uma leitura inspiradora. Puta que pariu! Massa demais. Sobre o texto.. tu mescla detalhes do cotidiano, com vida amorosa, as passarinhadas, e experiências de viagem.. tudo muito bem escrito e fluído. Parabéns, meu amigo! Quanto às experiências na viagem.. se já te admirava, imagina agora, bicho. Quero te dar um abraço e trocar experiências, saber quais são teus próximos planos (e detalhes daquela viagem pro Sul). Abraço, Caião!!!
Klausen Abreu
Fala meu querido! Tudo tranquilo? Tô entrando em contato pra te parabenizar pelo teu livro, cara. Achei irado tanto a viagem como o relato que tu fez no livro... Dá a impressão que tu tá conversando com o leitor quando a gente tá lendo. É uma leitura muito leve e prazerosa... A viagem já não foi tão tranquila assim ne? uahuahuahu Meus parabéns aí, cara! E sucesso nas próximas viagens e escritas... Abraço
Maria Siliprandi
Caro Caio,
Eu li o teu livro, avidamente. Tu nem sabes quem eu sou, eu acho que nunca te vi, mas a tua existência me é sabida há muitos anos, eu e tua mãe tivemos filhos quase na mesma época.
Tenho certeza de que minha paixão pela natureza foi transmitida também ao meu filho, que hoje é um guardião da sobrevivência do planeta. Ele é biólogo também.
Ao ler teus relatos não pude deixar de me enxergar neles. Eu sempre gostei de andar por aí, rolando pelo mundo, vendo o que é que há. A situação não pode ser mais fake do que é, quando a gente está num outro lugar, mas a gente não é de lá, quer saber e vai, Porque tem que ir.
Algumas coisas me chamaram a atenção nos teus relatos, e vou ter que fazer um paralelo contigo, mesmo que não gostes:
1. A tua disciplina, de acordar cedo, cedíssimo e botar a cara na estrada.
2. Os teus porres. Tu tiveste a honestidade de não ignorá-los, mas me chamou muito a atenção, porque nessa idade a gente faz tanta besteira e se expõe a riscos inimagináveis, se achando muito esperto, ou sortudo. Mas tenho comigo que esse hábito meio exagerado de bebida é algo que vi muito entre os cearenses, sem depreciar, mas sempre achei isso, dos meus amigos cearenses.
3. Sobre os riscos e azarões: Na tua idade uma vez fui até Fortaleza e fomos com uma turma tomar uns banhos de mar na Barra do Ceará. Eu, gaúcha, não entendia nada de mar. As ondas me levaram cada vez mais pra dentro, eu e um suiço que andava conosco e por fim ele conseguiu me empurrar para a areia, Caiu o meu biquini, fiquei toda esfolada e ele ainda disse com aquele sotaque carregado: "Os ondas do Brresil son meio despudorradas!
Mais umas duas vezes me meti em águas, redemoinhos, alturas, por pura ingenuidade e desconhecimento e estou aqui até hoje por pura sorte e uma boa vontade de um ser superior que me segurou. Afinal nenhuma das vezes eu estava deliberadamente entrando em fria ou fazendo mal a alguém.
E se tu tivesses realmente te dado mal dormindo na direção?
Eu também já passei por isso! Numa ocasião, indo pra Florianópolis, cansada, meu filho me salvou, eu ia entrar num caminhão, de frente. O guri gritou comigo e puxou a direção pro outro lado, ali na BR 101. Duas mortes de estrada que não aconteceram! E ali, já não era mais adolescente nem adulto jovem, já era mãe de um adolescente.
4. Pão com ovo e bananas, bem mais saudável que salsichas enlatadas!
5. Adorei tua trilha sonora.
Eu fui para o Perú e Bolívia em 1981, eu tinha 24 anos. Andamos de avião, de trem, de carona, de ônibus. Atravessamos o Pantanal de avião, vendo as estradas alagadas, sem passagem, os automóveis parados. Claro, sempre tinha uma música na cabeça, e até hoje elas estão aí. Como dizia o Artur da Távola, quem tem música tem vida interior e nunca está sozinho.
5. Um anos antes da tua viagem eu estava em Garopaba, Santa Catarina, na beira da praia, em férias. Nessa época, de início da primavera, ainda estava muito frio, só dava pra caminhar na beira da praia e ficar olhando, meditando, escrevendo, ouvindo música. Ao longe comecei a notar coisas estranhas, até que percebi que eram baleias. No penúltimo dia lá decidi ir num passeio de barco pra vê-las de perto. Isso foi realmente impactante, Caio, é uma coisa inimaginável, a emoção que tive. Ganhei 30 lifers, tá, bem mais que tu, de uma vez só.
No dia seguinte começou uma coisa estranha, um dia o meu carro amanheceu totalmente sujo, parecia que alguém tinha deixado cair restos de tinta, ou que tinham atirado uma água suja nele. A praia estava com sol, mas veio uma nuvem tapando tudo e sujando tudo. Toda a viagem até o Rio Grande do Sul foi acompanhada por essa nuvem suja: eram as cinzas de um vulcão chileno, que chegou até o Brasil. Estou te contanto isso porque quero te falar com o seguinte: eu fui pesquisar as datas, foi em outubro de 2011. Nessa minhas férias aconteceram três coisas contundentes. Ganhei mais um lifer com isso. No dia seguinte, fui de Porto Alegre até Bonito, fazer flutuação, ver o Buraco das Araras, a Gruta do Lago Azul etc. e fiquei hospedada num Hostel, imagino que tenha sido o mesmo que tu. Sempre prefiro ficar em hostel, porque viajo muito sozinha e sempre tem a gurizada e alguns tiozinhos dispostos a conversar e enturmar!
De lá fui até o Pantanal, exatamente na Estrada Parque, no Rio das Lontras, num lugar próximo a Corumbá onde tinha sinal de celular, etc. Fui ver ariranhas, antas, jacarés, piranhas, tamanduás, os corixos, todas essas coisas. Até uma onça nós vimos. O passeio noturno de lancha, devorada pelos mosquitos e sem luz elétrica,observando os pássaros nas margens e as estrelas, de dentro do rio, é algo que não me sai da cabeça, os jacarés com seus olhos vermelhos na água...Estavam no hotel os estudantes de Biologia de uma Universidade, não lembro de qual, se era de Uberlândia ou de alguma cidade de São Paulo, com seus professores, fazendo estudos de campo. Tem um campus universitário por lá no rio das Lontras. À noite, quando voltávamos dos passeios, na hora da janta assistíamos às apresentações de cada grupo e seus monitores. Aprendi muita coisa sobre os pássaros, suas características, seus bicos, pernas, asas, cores, etc. Foi uma viagem e tanto, com essas aulas que não estavam programadas.
Mas de tudo isso, assim como tua arara azul foi o must da história, pra mim ter visto uns nove tucanos numa árvore, enquanto fizemos um passeio pelo mato, foi o que mais me emocionou. Eu nunca tinha visto, tucanos soltos, pulando de galho em galho ou voando, todos na mesma árvore. Ganhei mias lifers, tá.
Um ponto horrível disso é que no caminho de volta, de Miranda a Campo Grande, esqueci minha câmera fotográfica na van que nos conduzia ao aeroporto e só me dei conta disso quando estava no avião de volta,, que fui bater uma foto de um rio e... cadê? Telefonei, chorei, liguei várias vezes, mas os brasileiros "bandidos" não acharam nada na van.
Quando eu era pequena ia até Itaqui, a 680 km de Porto Alegre, onde eu passava as férias na casa de meus tios. Ficava desde o natal até março. Meu tio tinha vários cardeais num viveiro e os guris caçavam perdizes e preás. Depois de adulta, um dia voltei pra lá, dirigindo. Dessa vez tive o prazer de ver os preás e os tatus- molita cruzando as estradas e os cardeais, com suas cabeças vermelhas, soltos nas estrada. Dia desse tinha um na praia, num lugar chamado Noiva do Mar, terra onde só tem pessoas de Caxias do Sul, os descendentes de italianos- aqui nós dizemos "os gringos de Cassias".
Ah, eu achava que só existiam cardeais de cabeça vermelha. Agora fiquei sabendo que eles podem ser cor de laranja e os vermelhinhos são chamados de cardeais do sul.
Bem cada um canta a sua terra, e nem quero cantar muito a minha porque a nossa, que temos em comum, é mais bonita. Esse Brasil velho e demolido é muito lindo. Mas vai andar pela América do Sul. Tem que ter uma moto power, por que cacho que nem com uma 750 tu sobes até San Pedro de Atacama. Tem que te motor envenenado.
Vai lá, por que eu já fui, de ônibus, saindo de Porto Alegre, 30 dias, e gastei 1500 reais, há uns sete anos. A Argentina é linda, e o Chile também.
Mas isso aí é uma outra e longa história.
O que nos distancia mesmo é que temos uma diferença de tempo na nossa existência e atualmente estou fazendo viagens de um modo mais confortável. Então, caro Caio, quero te desejar uma vida longa e que esse espírito despojado te acompanhe, para que tu possas te realizar e ser bem feliz sempre, fazendo o que tu gostas.
Aqui no Rio Grande não tem cheiro pra ninguém, então um beijão e um abração de alguém que virou tua fã!