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Caio Brito
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Em defesa do BRASIL!

27/4/2016

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Acho que nunca escrevi nada sobre o governo DILMA ou sobre o PT.

Entre tantos motivos, o principal: não me sinto parte de nenhuma das SEITAS que foram formadas durante os últimos meses. Não sou nem da seita “FORA DILMA” e nem da seita “É GOLPE”, seitas essas, que estão cegas para qualquer opinião ponderada/sensata/prudente. Nessas seitas, a política é fundamentada mais na FÉ do que em qualquer outra virtude, onde não há espaço para convencer, apenas CONVERTER.

Pois então, mesmo assim, vou falar para alguns “gatos pingados”, que consigam deixar a “fé política” de lado para enxergar um pouco a nossa realidade...

A verdade é: O BRASIL NÃO ESTÁ BEM!

​Dois episódios fizeram-me finalmente dedicar uma manhã para escrever sobre esse assunto: as mentiras desmedidas da Senhora Presidenta (em específico, em sua última fala pública em Nova Iorque) e um vídeo que acabo de assistir do Cristovam Buarque (Senador).
* Mentira DESMEDIDA: “Dilma promete ‘desmatamento zero’ na Amazônia”. 

(O pensamento MEDIDO para essa fala: Pelo amor de Deus né Dilma?) – É, o PODER realmente CEGA! O governo ficou cego, o PT ficou cego, nossa querida companheira ficou cega!

Então, vamos lá, para não perder muito tempo:

O governo do PT, no início, foi “lindo”, foi “maravilhoso”, deu “oportunidades”, “democratizou” etc.

Foi lindo? Foi! De qualquer maneira o Brasil estava em ascensão. Obrigado Lula, por não ter feito nenhuma proeza para mudar essa realidade.

“Democratizou” entre aspas.

O que deveria vir junto dessa palavra para que uma nação não afunde? EDUCAÇÃO!

A democratização das “coisas” aconteceu, mas a educação não! E o que acontece? Qualidade reduzida das “coisas”. Dois exemplos claros disso? Política e universidades.

Política: no dia 17 de abril de 2016, pudemos observar isso na câmara.
Universidades: pessoas que estão em universidades sem que sequer saibam ler. Por vezes até em mestrados e doutorados. Ou seja, ANALFABETOS com mestrado e doutorado! O que isso diz de um país? No mínimo, o país não está levando a educação muito à sério.

Para mim, isso NÃO É DEMOCRATIZAÇÃO! Democratização seria ensino básico IGUALITÁRIO para todos, para que TODOS tenham a MESMA capacidade de adentrar em uma universidade sem precisar de cotas. Não que eu seja contra as cotas, não tenho opinião muito bem formada em relação a isso. Mas quando observamos que o governo não está fazendo nada para mudar esta realidade de “cotas”, e que, se continuar dessa maneira, daqui a 30 anos o Brasil ainda precisará de cotas, aí sim, temos/teremos uma grande TRAGÉDIA NACIONAL!

“Mas o PT tirou o povo da miséria” alguns falam. Sim, momentaneamente (por um breve instante). Mas o que estão fazendo para que o povo não precise mais de, digamos, o bolsa família? O que estão fazendo para que o povo saia da miséria sem que precise depender de uma bolsa daqui a 30 anos? Falo isso extremamente ciente da importância que é e que foi essa bolsa, mas ao mesmo tempo muito triste ao chegar nos interiores e interiores por onde ando no Brasil e me deparo com uma família que já têm 8 filhos e o outro a caminho para “incrementar” na renda familiar. É triste imaginar como viverá a Dona Ruth, o Seu Zé e seus 9 (talvez eles já estejam no 11º... faz tempo que não vou lá) quando essas “rendas” acabarem. 

E aí vem o erro principal do, por exemplo, bolsa família: 
- Dona Ruth, por que vocês recebem o bolsa família? 
- Porque somos POBRES meu filho!

Quando o motivo deveria ir além do fato de serem pobres: “porque meu filho estuda”, “porque o Zé está na lista de espera para empregos”, etc.

Fico imaginando a situação desses pobres coitados daqui a 10 – 20 – 30 anos... (me angustia).

“Mas vão PRIVATIZAR TUDO” alguns e outros falam. E qual o problema? Eu respondo. O que nós temos hoje já é praticamente isso. O bom e velho CLIENTELISMO (coleguismo). Se eu te conheço, você terá um emprego, não importa a sua capacidade para tal função. E assim, devido ao bom e velho CLIENTELISMO do PT, o Brasil vai afundando com essa falsa democratização das “coisas”. Pessoas que não tem a mínima capacidade preenchendo cargos de importância vital para movimentar um país.

De novo: Não sou a favor, não sou contra, sou Brasil!

Infelizmente (ou felizmente), na minha opinião, não existem mais partidos, mas sim desejos individuais. O PT há muito perdeu os requisitos básicos de um partido de esquerda: o vigor transformador, de luta! Está falando hoje, de “boas ações” realizadas no primeiro governo Lula... e as pessoas aceitam! Aí vem o mais importante: o partido PERDEU A VERGONHA! (como o de falar mentiras absurdas como a da promessa do “DESMATAMENTO ZERO”).

Só estou citando o PT porque, infeliz ou felizmente, é quem está no alvo da MÍDIA e quem está no poder a mais de 10 anos.

E já que a mídia decide tudo, irei ao meu apelo: João Santana, pelo amor de Deus “companheiro”, escolha alguém mais inteligente e mais competente para vencer as próximas eleições. Vou nem colocar “com mais compaixão e honestidade” porque talvez seja pedir demais.

Sabe do que precisamos? Do que o Brasil precisa?
- Reforma política
- Reforma social
- Reforma econômica

Quem sabe uma luta contra as infrações políticas também não seria uma boa medida? Mais rigor contra corrupção!

​Que tal COMEÇARMOS a PENSAR no PAÍS mais do que em PARTIDOS ou POLÍTICOS?
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Dos meus dias nos Estados Unidos da América #2

13/6/2015

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Panama City Beach, 06 de junho de 2015 (Sábado)
(One Flight Down - Norah Jones)

Sábado, dia de sol, dia de praia etc. Já são 14h e ainda não fiz nada disso, mas estou no processo. Minha irmã entrou no trabalho às 10h e passará o dia inteiro. Deve sair de lá por volta das 22h. O Diego entra às 16h e eu terei que encontrar alguma coisa para não ficar no ócio e morrer de saudade. Seguindo os conselhos da Luana, vou já já pegar a bike e vou andar o máximo que eu conseguir; “andar até dar uma dor”. Ai talvez na volta eu passe na praia para dar um mergulho revigorante antes de voltar para casa. Vou levar calção de banho caso isso realmente venha a acontecer…

Ontem, como o Diego e a Raquel só trabalhariam a tarde, nos fomos para a loja dos sapatos e para a Ross de manhã e almoçamos no “Liza’s Kitchen”. Pedi um sanduíche bem interessante chamado de “Black and Blue”, que é de rosbife, com gorgonzola e maionese de rabanetes. Muito bom. Um pouco enjoento por causa do gosto forte, mas muito bom. 

À tarde fui deixar a Raquel no trabalho e fui no velho e bom Goodwill. Dessa vez nada me interessou, ou seja, não achei nada com a fitinha da promoção do dia (cor amarela). Fui no Walmart e fiz a feira (US$135,00). Comprei 2 tênis, umas 5 blusas, 5 cuecas estilo “samba canção” (sim, estou voltando aos meus 10 anos de idade), 10 pares de meia, duas bermudas de pijama, uma calça jeans e uma calça de pijama. Achei uma boa, porque, como já falei, estarei usando essas coisas até, pelo menos, 2022. 

Depois das compras, passei no Dunkin Donuts para comer os dois donuts e um café preto pequeno de praxe. Com certeza mais de 50% das razões para eu ir ao Dunkin Donuts é a internet grátis. Peço essas coisas, as como em 5-10min e passo mais 50 na internet. Eu não sabia, mas dia 5 de junho é dia nacional do donut, então teve a promoção de “compre qualquer bebida e ganhe um donut”. Pedi meu café e a moça disse que eu havia ganhado um donut. “Opa, que surpresa boa moça, valeu!”. Pedi outro e ela acabou dando os dois de graça. Será que se eu tivesse pedido outro teria sido de graça também? Nem importa na verdade… sei nem porque eu pensei nisso (só queria dois de qualquer forma). 

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Foto: café e donut de praxe
Comi, usei a internet e fui pegar a Raquel no trabalho. Tomei uma cerveja lá e depois fomos para o “Mellow Mushroom” tomar mais uma cerveja com duas amigas dela. Se for traduzir o nome deste estabelecimento, seria cogumelo brando/cogumelo tranquilo/cogumelo “de boa”. Ai eu me pergunto. Será que o dono deve fumar uma erva? Sei não! Todo mundo que trabalha nesse canto tem que ser diferente, parece o pessoal que trabalha na “chilli beans” no Brasil… só a galera estilosa trabalhando. Confesso que tinha um bigode gigante andando por lá que me deu uma inveja imensa. Um dia eu chego lá! 

Transferimos o Happy Hour aqui para a casa da minha irmã, onde eu tomei umas doses de cachaça mangueira (não vejo a hora de só tomar cachaça passarinho). O Diego chegou tarde do trabalho, por volta das 23h, comprei umas cervejas no posto para nós e ficamos bebendo até uma e pouco. Depois que ele e a Raquel foram dormir, eu ainda conversei com a Luana pelo audio do facebook, comi umas coisas e fui dormir por volta das duas e meia.

… e hoje, como eu tinha começado a falar, foi o meu dia “alone”. Depois que o Diego saiu para o trabalho, às 15h30, eu me preparei (protetor solar) para a volta de bicicleta. Sai de casa em direção ao restaurante em que minha irmã trabalha (em alguns dias colocarei para onde eu fui antes de passar no restaurante que minha irmã trabalha). Passei um tempinho por lá, o tempo de tomar um copo d’água, e peguei o caminho de volta para casa. Na esquina da avenida do Marina Cantina (que agora é Dockside), fica um maluco dançando com uma placa mostrando que no “Off The Hook” tem chopp de US$1. Antes de prosseguir, quero contar um pouco como esse negocio funciona (pelo menos foi o que minha irmã me ensinou). O chopp é um conto, mas se você pagar só um conto, o garçom ou garçonete ficam com raiva, com razão, porque o ganha pão deles são as gorjetas. Então o chopp de um conto não é um conto pois sempre tem uma gorjeta (é a coisa certa a se fazer e eu gosto de manter isso em minhas ações… pelo menos com quem merece). Se for para economizar, compre cerveja no posto e vá beber em casa. Só não é a mesma coisa porque você não interage com outras pessoas em casa. 

Beleza, de qualquer forma, decidi parar para tomar uma. A moça do bar (bartender) fez umas 2-3 perguntas que eu não soube responder de primeira, então, depois da minha segunda resposta incorreta, eu já falei que não era daqui e que “I’m from BRAZIL”… amizade na certa!… com a bartender e com uma senhora que estava do meu lado, que inclusive me ajudou na escolha do chopp. O segredo é esse em qualquer lugar do mundo: se nada der certo, diga que é brasileiro que tudo se resolve! Eu cheguei no bar e falei “gostaria de tomar um chopp (draft beer) por favor”.

  • Qual você gostaria de tomar? - ela perguntou.
  • Ééééé…
  • Pede a de US$1 - a senhora que estava ao meu lado sugeriu. Olhei para o lado um pouco surpreso, acenei inclinando sutilmente a cabeça e com um olhar, e completei minha frase.
  • É, é, pode ser a de um real.
  • Rolling Rock PCB? - a bartender perguntou.
  • Pode ser esse mesmo! - eu respondi com a maior confiança, fazendo aquela cara de “me sai bem dessa”.
  • Sim… qual? Eu falei duas! - ela falou. 
  • Puta merda, outro fora - eu pensei.
  • Qualquer uma - respondi, como se tivesse feito aquilo de propósito. Nunca perder a pose… pense! Depois ela ainda veio com outra pergunta difícil.
  • Posso abrir uma “Tab”?
  • Seiiii lá minha filha, você quer “abrir uma tab”? pode abrir se você quiser! Sei nem que diabos é isso! - eu apenas pensei, em alguns milésimos.
  • O que é isso? - perguntei depois da pausa de milésimos. Ela rio e me explicou. Ela queria saber se eu queria abrir uma conta. Eu disse que não.

Depois de duas cervejas e bastante conversa com minha amiga Sharell e com o filho dela de 11 anos, sai de lá e fui direto para a praia. Um dos melhores banhos que já tomei, sem mentira! Não sei se foi por causa da situação inteira ou só porque a água estava morna mesmo. Sei que o céu estava azul e claro, a água também, eu estava morto de cansado e o sol estava na força ideal (aquele sol de 5 da tarde sabe?). Mas pode ter sido só porque a água estava boa mesmo. 

Cheguei em casa, fiz aqueles exercícios imprestáveis, tomei um banho e “capotei” de 20h até 21h. Acordei às 21h daquele jeito: disposição total! Só acordei porque tive que pegar a Raquel no trabalho (Dockside). 

Acabei chegando lá bem antes do tempo porque a Raquel só saiu do trampo às 23h. Fiquei tranquilo, aproveitando um pouco a internet para conversar com a Luana, que estava fazendo uma festa na casa dela do outro lado do globo! Muito bem. Sempre uma boa opção quando os pais estão viajando.

…

… casa, cama!

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Foto: em um passeio de bicicleta. Não sei porque (na verdade eu sei), mas eu me sinto mais a vontade para andar de bicicleta aqui do que no Brasil.
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Dos meus dias nos Estados Unidos da América #1

9/6/2015

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Panama City Beach, 04 de junho de 2015 (quinta-feira)

Engraçado, desde quando cheguei aqui nos Estados Unidos não escrevo nada! 

Tenho minhas teorias em relação a essa falta de vontade para escrever. Na verdade são hipóteses.

  • Hipótese #1: Ter uma confidente real. Para mim, o sentido de escrever em um caderno de anotações (“diário” como alguns fazem questão de apontar) é contar as experiências diárias para uma pessoa (uma coisa) que irá escutar você: um confidente. Mas se a pessoa já tem um confidente, qual o sentido de escrever (ou falar) a mesma história duas vezes? Por isso que, quando estou namorando, escrevo muito menos ou até deixo de escrever. Não estou namorando… ainda.

  • Hipótese #2: Ter confidentes*. Desde quando cheguei aqui, minha vida no exterior está mais ou menos resumida no Facebook e Instagram. Isso tem suas vantagens e desvantagens. É bom porque você está interagindo com amigos e colegas, que, mesmo longe, podem acompanhar o que se passa no seu dia-a-dia. Mas de vez em quando eu sinto falta das minhas reflexões pessoais. Acho que é por isso que as vezes gosto de sumir das redes sociais.

Enfim… desde quando eu cheguei aqui na cidade da minha irmã, a internet é algo diário e de fácil acesso (na própria casa). Só a partir de ontem, dia 03, que a internet complicou um pouco, pois minha irmã se mudou e aqui na casa nova ainda não tem internet. Essa falta de internet durante esses dois dias não poderia ter sido melhor. Eu só vejo vantagens nisso. Tive a oportunidade de parar um pouco para pensar, para me sentir livre, para descansar, para estar livre. Foi por isso na verdade que eu comecei a escrever ontem. Se tivesse internet eu lá ia escrever nesse caderno! Ia enviar logo um audio pelo WhatsApp para a minha confidente. 

Agora que recebi este “aviso”, vou tentar manter horários sem internet, mesmo quando tiver internet aqui em casa. Eu sei que é muito difícil e também sei que possivelmente eu não consiga, mas queria muito tentar. Acessar apenas em alguns horários específicos, como, por exemplo, de 5h-6h, 11h-12h e a noite a partir das 20h. Se não fosse pela Luana, esses horários seriam muito fáceis, mas como eu quero falar com ela quase sempre, o negócio complica!

Pois bem, eu cheguei aqui nos Estados Unidos no dia 19 de maio e se fosse para resumir esses dias em 3 palavras, elas seriam: álcool, compras e internet. Não falo “saudade” porque ela está embutida, de alguma forma, nessas 3 palavras e porque é meio tosco eu, um garoto maduro, ficar chorando de saudades. Não que eu esteja chorando. Eu não estou chorando. 

Agora que percebi que vão completar 20 dias que estou aqui. Isso já é bastante tempo. Mesmo assim, sinto que não conheci tantos lugares, digamos, turísticos. Mas a verdade é que eu nem sei se é isso o que me deixaria mais feliz ou se eu estaria fazendo isso para os outros (aquele pensamento de “é o que todo mundo faria, é a coisa certa a se fazer”). Ao invés disso, estou na rotina da minha irmã e do namorado dela, o Diego. Me inseri no cotidiano de Panama City Beach: estou trabalhando lavando pratos, estou comendo em todos os locais possíveis, ajudei-os a fazerem a mudança para a casa nova, estou fazendo compras nos lugares mais baratos etc. Só não sei onde vou levar tanta novidade para o Brasil. Teoricamente só posso levar uma mala de 23Kg para Fortaleza-CE. Geralmente eu poderia levar duas malas de 32Kg, mas como o meu voo internacional não é direto para Fortaleza, eu farei um voo doméstico de São Paulo para Fortaleza. É ai que lasca tudo! Então vou fazer de tudo para levar o mínimo. 

Até ontem estava tudo bem, mas estava um pouco pacato meu dia-a-dia. Estava sentindo uma agonia no peito da mistura de impaciência com saudade e, como aprendi em Chicago, a solução é a “fuga”! A fuga desses sentimentos é a solução e, para conseguir isso, o segredo é se ocupar ao máximo. Eu já sabia disso, mas não estava conseguindo executar com maestria, como fazia antigamente, até que a Luana me chamou a atenção: menino, vai andar de bicicleta, vai andar de skate! Tenta ir o mais longe que tu conseguir e, quando tu estiver morto, volta pra casa e toma aquele banho. Se diverte, se liberte! E também não esquece de concluir a tua dissertação para quando tu chegar aqui, tu ter mais tempo para ficar comigo!”.  Essa simples fala, tirando a ultima frase, que me lembrou das responsabilidades, foi o suficiente para me dar um tapa na cara. Ontem não deu para executar porque estava prestes a trabalhar, mas hoje mesmo peguei a bicicleta, dei uma volta de uma hora e pouco pelo bairro e quando voltei fiz meus velhos exercícios de rotina (7min Workout: para quem tem pouco tempo e não faz exercício físico, sugiro este aplicativo)

Digamos que hoje foi um dia comum (dos dias em que trabalho): acordei relativamente cedo, às 6h30min, me arrumei, tomei café da manhã e fui com Raquel para a faculdade dela. Principal motivo desta missão? Internet! Tinha que resolver umas burocracias como passagem de avião e aluguel de carro (pretendo ir para o estado de Nova Iorque no fim deste mês), mas acabei fazendo outra coisa, que gostei até mais; conversar com a Luana. Conversa vai, conversa vem, a aula da Raquel acaba. Passamos no Goodwill. Esse lugar é sensacional! Estou viciado! É uma loja onde as pessoas doam roupas usadas, ai é tudo muito barato, como se fosse um brechó. Os preços são os seguintes: camisa (4), calça (5), terno completo (10), blaser (5), bermuda (4). Ainda tem promoção todos os dias; se você escolher uma peça de roupa que tenha a fitinha com a cor do dia, aquela peça fica pela metade do preço. Obviamente eu caço as que são da cor do dia. As vezes você até acaba gostando de uma roupa por causa da cor da fitinha. Só sei que desde quando eu cheguei aqui, já comprei um blaser, um terno completo, umas 5 calças, 2 bermudas e umas 6 camisas. Talvez não pareça tanta coisa para alguns, mas confie em mim, é muita coisa! E para quem pensa que é muita coisa, não é tanta coisa assim. Essas roupas ficarão comigo até, pelo menos, 2022 (sete anos)! Isso não dá nem uma calça por ano. Pelo que conheço de mim, isso é apenas uma média.

Depois do Goodwill, fomos almoçar em um restaurante chinês (Jin Jin 88) para depois passar no Walmart (quem não conhece essa rede gigante de capitalismo (quer dizer, supermercado), vale assistir o documentário “Walmart”. É bem interessante. mostrando como as grandes redes acabam com os comércios locais). Contra minha vontade interior, me interessei por muitas coisas no Walmart, mas acabei não comprando. Acho que vou acabar voltando lá para comprar mesmo. Voltamos para casa, cochilei meia hora e quando acordei, fiz o que a Luana sugeriu: peguei a bike e fui dar uma volta. Já falei que quando voltei fiz aqueles exercícios (que todo mundo diz que é mesmo que nada) né?…

Como eu só trabalharia às 17h, saímos de casa umas 15h30min para passar na Ross (loja de roupas. Nem se compara com a Goodwill, a única diferença é que são roupas novas) e depois passamos em uma loja de tênis, onde eu comprei um Vans.

E a partir de 17h, como um dia qualquer de trabalho no Marina Cantina, lavei pratos, me cortei (como sempre) e fiquei com as mãos engilhadas e ressecadas. Nada fora do comum. Geralmente acabo com as louças por volta das 23h, mas ontem acabei às 23h40 e hoje sai sem terminar tudo porque a Raquel foi me pegar umas 23h20, mas deixei pouquíssimas coisas para um cara concluir.

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Foto: mostrando uma das palavras que definem meus dias aqui em Panama City Beach: Álcool. (OBS: Só bebo nas férias)
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Entre pássaros e paixões

27/5/2015

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Existem alguns tipos de paixões, pelo menos ao meu ver é assim. Paixão pela profissão, paixão por um hobby, paixão por alguém (platônica ou não) etc. Claro que eu já havia me apaixonado antes nessa vida, mas por mais incrível que possa parecer, todas as minhas grandes paixões até o momento haviam sido paixões platônicas. E ai já entra em um assunto  que por muito tempo me deixou aflito e com alguns questionamentos, por exemplo: a paixão platônica é tão forte porque é “irreal/imaterial” (dai o termo "platônico", vindo de Platão, grande filósofo, e seus pensamentos sobre o material e o imaterial, o possível e o impossível, o real e o mundo das idéias)*? 

Muitas vezes quando uma paixão platônica se torna realidade, o sujeito percebe que não é tão forte assim… ou que é completamente diferente de todas as fantasias um dia sonhadas. Decepção na certa! Isso já aconteceu comigo e aposto que deve ter acontecido com, pelo menos %42 da população mundial. Passei 3 anos apaixonado e quando finalmente “aconteceu”… decepção!

Pois bem, depois de 25 anos de vida e 12 anos de experiências românticas, estava começando a pensar que as grandes paixões só existiam se fossem platônicas. Tentei, juro que tentei! Tentei de todas as maneiras possíveis, mas não achei! Já estava até conformado com a ideia de ficar com alguém que eu não estivesse completamente “entregue”. 

Ai, quando a pessoa menos procura é que o negocio aparece. Depois de 25 anos, chega uma menina para me mostrar o que é esse troço chamado “paixão”. E me mostrou muito bem! Me mostrou tão bem que aqui, a aproximadamente 6.275km de distância, não consigo pensar em outra coisa a não ser ela! Tudo que eu vejo, o rosto dela está lá. Tudo que eu escuto, ela também acaba aparecendo. Enfim… tudo!

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Distância exata em linha reta de mim para ela
Para não mentir, esse tipo de paixão “real” já havia me tomado uma vez: a paixão pelas aves! Me apaixonei pelos seres alados em 2012, em uma expedição fantástica com dois grandes amigos. A partir desse dia, não consegui mais parar de pensar nisso. Tudo que eu vejo relacionado a isso me chama a atenção. Hoje, não consigo mais ir à praia sem observar os maçaricos, as batuíras e afins. Não consigo dirigir na cidade sem escutar o canto das aves. Sempre que saio com alguém e escuto um bicho diferente chamo a atenção desta pessoa, que pouco está se lixando se o bicho está cantando ou não. Por incrível que pareça, essas pessoas nem escutam os cantos. Mesmo sabendo que as pessoas não estão interessadas, falo mesmo assim. 

Beleza, então está paixão pelas aves é algo que tem tomado bastante do meu tempo e a cada dia só me vejo mais apaixonado, mas fazia um bom tempo que não sentia o que estou sentindo (por uma pessoa)… e é exatamente por isso que não cumpri com minhas palavras de atualizar este “diário eletrônico” de quinze em quinze dias.

Na verdade, acho que nunca senti o que estou sentindo por nenhuma outra pessoa em toda minha vida! É algo realmente inexplicável: é a paixão, é o amor!

Obrigado Luana Cavalcante, por me mostrar o que é “paixão “real” por alguém”.
Obrigado passarinhos (Aves), por me ajudarem a enxergar outras cores e caminhos.

Dedico esta música abaixo a vocês!


P.S.: Não sei se um dia você vai ler isso, mas eu quero que você saiba que eu não paro de pensar em você nenhum segundo! Tudo ao meu redor me lembra de você, desde as músicas que escuto por ai até as casas que eu vejo.




*) Para quem quiser mais informações sobre o "amor platônico" e como este termo surgiu, achei este link a seguir (amor platônico).

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Orquídeas: o que tem de bonita tem de sacana

23/4/2015

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Semana passada, eu estava participando de uma disciplina de Filogenia de Angiospermas (*) com o Profº Mark Chase. Para quem não conhece ou nunca ouviu este nome antes, Mark Chase é um pesquisador que estuda plantas (angiospermas para ser mais específico) no Royal Botanical Garden (KEW). Entre suas várias dezenas de publicações está a que EU considero mais importante/relevante/impactante: a criação de um novo sistema de classificação filogenética de angiospermas, o(s) APG(s) (Artigos do APG II e III: APG II/APGIII).
Quem fez biologia na UECE, como eu, lembra bem deste termo usado bastante na disciplina de Sistemática Vegetal, da Profª Roselita. Tínhamos que utilizar dois sistemas de classificação em nossas aulas práticas: o APG e Cronquist, mesmo o sistema de Cronquist (*) já estando bem fora de moda (sem aplicabilidade) quando trata-se de plantas com flores (angiospermas). Acho que a professora queria que conhecêssemos o sistema que ela, um dia, teve que utilizar (ou queria que sofrêssemos um pouco mesmo). Seja lá qual foi o motivo, valeu Professora. Até hoje não esqueci.
O Mark (como gosta de ser chamado) é botânico, mas tem um interesse especial por orquídeas. Por ter uma maior intimidade com as orquídeas, o Mark acaba as citando bastante como exemplo em alguns tópicos específicos.
Voltando ao que estava falando, participei desta disciplina como um tipo de moderador. O Mark não fala português e eu fui contratado para traduzir/moderar a disciplina. Porém, já no segundo dia, para ser bem sincero, não fiz muita coisa em relação a esta questão de tradução, mas pelo menos servi café, pegava água, lavava as xícaras, ligava o Datashow e fechava as portas ao fim do dia. De um modo geral, fui bem...
E foi assim, em alguns de seus exemplos com orquídeas, que “descobri” que elas são sacanas! Nem parece né? Pensava o mesmo e tomei o mesmo susto quando soube. Como pode uma planta tão bonita ser tão sacana? Foi ai que veio o insight: Isso existe na espécie humana também! Aquelas meninas que tem cara de anjo, mas é o cão em forma de gente sabe? Conhece? Se não, ainda bem, mas é só o que tem ai nos filmes (existem inclusive rankings das piores vilãs de cinema. Não concordo muito com esses rankings, mas... *). 
As orquídeas não são muito diferentes disso. São lindas e são sacanas! Olha o que “descobri” nesta semana de aula:
- Sacanagem #1: O caso do amor não correspondido (Ophrys insectifera).
Imagem
Foto: orquídea imitando uma vespa para ser polinizada pelo macho da espécie
- Sacanagem #2: Um almoço sem comida causa decepção (Oncidium sotoanum).
Imagem
Foto: a orquídea (Oncidium sotoanum), flor da esquerda, imita as flores de Malpighia glabra (acerola), flor da direita, para enganar as abelhas e assim obter sucesso na polinização. Qual o grande problema? As abelhas não ganham NADA com isso! Enquanto as flores da família Malpighiaceae possuem glândulas de óleo para suprir as necessidades energéticas das abelhas, quase 100% das orquídeas que as imitam não possuem essa contrapartida. Ou seja, para as abelhas, mesmo que NADA!
Esses exemplos acima são só algumas entre centenas de sacanagens que existem por ai. Mas brincadeira à parte, as orquídeas são incríveis. Seres vivos extremamente especializados, com estratégias de polinização bem especificas e estruturas complexas que nos deixam fascinados com tamanha beleza. Com mais de 30.000 espécies naturais e mais de 100.000 híbridos (é híbrido pra caramba) a família Orchidaceae é a maior entre as angiospermas.
Nunca tinha parado para prestar atenção nesses seres tão interessantes. Agradeço ao Felipe Nollet por ter escrito o projeto que trouxe o Profº Mark, ao programa Ciência sem Fronteiras, ao Profº Helder Araujo (meu orientador de mestrado), por ter me indicado para moderar a disciplina e ao Profº Mark por toda sua atenção. Agora, toda vez que for ao campo, ficarei atento para as orquídeas. Quem sabe não acho alguma novidade.
Fotos: orquídeas que não sei o nome, mas que achei maravilhosas. Se tiver algum especialista em orquídeas que queira ajudar.
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    Caio Brito

    Ornitólogo, escritor e aventureiro. Mestre em Zoologia e aprendiz da vida.

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