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Tour Norte/Nordeste - Março/Abril de 2016

19/7/2016

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Deixarei que o Bill Simpson conte sobre esta viagem em seu Trip Report.

A seguir, vou colocar o Trip Report (relatório de campo) sobre esta viagem escrito por ele.

Para quem quiser ver outros relatos sobre tours no Nordeste, procure na categoria “Tour Nordeste” na aba à direita da tela.
brazil_march_12th-_april_12th_2016.pdf
File Size: 7845 kb
File Type: pdf
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FOTOS
Fotos realizadas por mim durante a expedição.

Parte I
Icapuí - Pacatuba - Guaramiranga - Quixadá - Potengi - Crato
Guaramiranga-CE
Guira Tanager (Hemithrapis guira)
Red-Cowled Cardinal (Paroaria dominicana)
Masked Water-Tyrant (Fluvicola nengeta)
Palm Tanager (Tangara palmarum)
Burnished-buff Tanager (Tangara cayana)
Red-necked Tanager (Tangara cyanocephala cearensis)
Blue Dacnis (Dacnis cayana)
Gray-breasted Parakeet (Pyrrhura griseipectus)
Gray-breasted Parakeet (Pyrrhura griseipectus)
Quixadá-CE e Potengi-CE
Pygmy Nightjar (Hydropsalis hirundinacea)
Pygmy Nightjar (Hydropsalis hirundinacea)
White-naped Xenopsaris (Xenopsaris albinucha)
White-naped Xenopsaris (Xenopsaris albinucha)
Spotted Piculet (Picumnus pygmaeus)
Spotted Piculet (Picumnus pygmaeus)
Caatinga Antwren (Herpsilochmus sellowi)
Ceara Leaftosser (Sclerurus cearensis)
Burrowing Owl (Athene cunicularia)
Caatinga Cachalote (Pseudoseisura cristata)
Barbalha-CE
Picture
Araripe Manakin (Antilophia bokermanni)
Parte II
João Pessoa - Santa Rita - Areia - Canudos - Lençóis - Mucugê - São Domingos - Palmas - Lagoa da Confusão - Pium

João Pessoa-PB, Santa Rita-PB e Areia-PB
Seven-colored Tanager (Tangara fastuosa)
Rufous Gnateater (Conopophaga lineata)
Canudos-BA
Pectoral Antwren (Herpsilochmus pectoralis)
Bill Simpson e André Grassi fotografando a Arara-azul-de-lear
Lear's Macaw (Anodorhynchus leari)
Chapada Diamantina-BA
Hooded Visorbearer (Augastes lumachella)
San Francisco Sparrow (Arremon franciscanus)
São Domingos-GO
Pfrimer's Parakeet (Pyrrhura pfrimeri)
Helmeted Manakin (Antilophia galeata)
Palmas-TO
Southern Antpipit (Corythopis delalandi)
Bill in the Cerrado
Blue Finch (Porphyrospiza caerulescens)
Russet-crowned Crake (Laterallus viridis)
Bill and the Eared Puffbird (Nystalus chacuru)
Crested Black-Tyrant (Knipolegus lophotes)
Pium-TO
Searching for Kaempfer's Woodpecker
Kaempfer's Woodpecker (Celeus obrieni)
Searching for Kaempfer's Woodpecker
Large-billed Tern (Phaetusa simplex)
Amazonian Tyrannulet (Inezia subflava)
Hoatzin (Opisthocomus hoazin)
Riverside Tyrant (Knipolegus orenocensis)
Araguaia Cardinal (Paroaria baeri)
Black-banded Owl (Strix huhula)
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Expedição Rio Madeira 2015

23/6/2016

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Fortaleza – CE, 24 outubro de 2015 (Sábado)
(Folsom Prison Blues – Johnny Cash)
Hoje iniciou-se a “Expedição Rio Madeira” em Rondônia, próximo a Porto Velho. As “passarinhadas” (o trabalho) só inicia amanhã, mas a viagem já começa hoje. É uma convenção internacional de viajantes: o deslocamento faz parte do processo.

Nos próximos 16 dias, estarei acompanhado do amigo Felipe Arantes (Xilipe), um excelente profissional, com especialidade na Amazônia Rondoniense e Mata Atlântica do Sudeste do Brasil. Além de excelente profissional, uma ótima companhia durante esses dias de trabalho.

Como eu já havia dito antes, eu recebi essa proposta de trabalho no dia 17 deste mês e no e-mail que eu recebi estava escrito assim: “Olá Caio Brito, você poderia fazer um campo na Amazônia iniciando dia 18? ”. 

Engraçado né? Essa galera parece que está comendo maconha estragada. Quando eu vi o e-mail eu estava em Guaraciaba do Norte, na Serra Grande, Ceará, com o Wylde, em uma expedição de coleta de Hemitriccus mirandae (maria-do-nordeste) para a pesquisa de seu mestrado. Fiquei super empolgado com a ideia, obviamente, mas, tão obvio quanto isso, é que eu não iria no dia seguinte. Além dessa questão, envolveu também algumas questões éticas (“Ética Caio Brito”, que para muita gente é besteira, ou melhor ainda: NOIA).

Eu sabia que quem fazia esse trabalho há mais de quatro anos era um grande amigo. “O que será que aconteceu com ele? Por que que ele não iria nessa campanha? “, eu me indaguei. Entrei em contato com ele para descobrir o motivo, e não poderia ter um motivo melhor, ele seria pai em breve e queria curtir esse momento, desde o nascimento do pequeno. 

Ele me deu o maior apoio para que eu fosse nessa campanha. Fiquei mais empolgado ainda, mas ainda veio a terceira questão: não sou o maior especialista em aves amazônicas. Beleza, já fui para Rondônia duas vezes, já fui para a Floresta de Carajás e passei alguns dias em Manaus, mas, mesmo assim, eu não sei se eu seria a melhor pessoa para essa situação. Ah, tinha esquecido do empecilho nº 4, ou já é o 5º? São tantos... minha câmera estava no conserto e o cara só a entregaria no dia 30. Sem câmera na Amazônia não rola! Resolvendo esse empecilho e o nº 2 já estando resolvido, o 3º poderia ser resolvido também! 

Liguei para o rapaz da câmera e ele disse que poderia me entregar antes. Nesse mesmo dia, segunda-feira, dia 19, a moça do trabalho me avisou que daria para adiar a viagem até sexta (hoje). Já estava estudando, mas a partir do momento em que confirmaram a minha ida, redobrei a atenção e os estudos. Desde segunda-feira venho estudando de 8 a 12 horas por dia. Não é a solução e nem questão de milagre, mas já ajuda bastante. 

O dia em que mais estudei foi sexta: 12 horas! Acordado desde as 4h da matina. 
E nesse exato momento, a mais ou menos meia hora de Belém (dentro do avião) estou aqui escutando as vozes das aves da região no meu Ipod (acabou de tocar aqui o Celeus torquatus occidentalis). Será que o verei?

Agora é só ficar de boa, relaxar e curtir essa Amazônia espetacular (o pouco que ainda resta de Amazônia).

FOTOGRAFIAS da NATUREZA
A Amazônia pode chegar a ser um pouco complicada quando o assunto é fauna e flora. Há muitas espécies e muitos endemismos. Confesso que, depois de organizar algumas fotografias, gravações e escritas, ficaria um pouco difícil eu organizar todas elas nos respectivos dias em que elas foram feitas. Por este motivo, colocarei aqui, tudo de uma só vez, algumas das espécies que vi (e fotografei) durante esta expedição. Algumas delas, as mais marcantes, aparecerão mais adiante nos dias em que elas foram realmente feitas. Assim como alguns links de listas de espécies e gravações sonoras.
AS AVES
Broad-winged Hawk (Buteo platypterus) - Gavião-de-asa-larga
Red-necked Woodpecker (Campephilus rubricollis) - Pica-pau-de-barriga-vermelha
Amazonian Umbrellabird (Cephalopterus ornatus) - Anambé-preto
Amazonian Umbrellabird (Cephalopterus ornatus) - Anambé-preto
Red-headed Manakin (Ceratopipra rubrocapilla) - Cabeça-encarnada
Red-headed Manakin (Ceratopipra rubrocapilla) - Cabeça-encarnada
Ringed Antpipit (Corythopis torquatus) - Estalador-do-norte
Ringed Antpipit (Corythopis torquatus) - Estalador-do-norte
Green-and-rufous Kingfisher (Chloroceryle inda) - Martim-pescador-da-mata
Variegated Tinamou (Crypturellus variegatus) - Inhambu-anhangá
Black Caracara (Daptrius ater) - Gavião-de-anta
Madeira Stipple-throated Antwren (Epinecrophylla amazonica) - Choquinha-do-madeira
White-throated Antbird (Gymnopithys salvini) - Mãe-de-taoca-de-cauda-barrada
Double-toothed Kite (Harpagus bidentatus) - Gavião-ripina
Dot-backed Antbird (Hylophylax punctulatus) - Guarda-várzea
Peruvian Warbling-Antbird (Hypocnemis peruviana) - Cantador-sinaleiro
White-browed Hawk (Leucopternis kuhli) - Gavião-vaqueiro
White-browed Hawk (Leucopternis kuhli) - Gavião-vaqueiro
Ocellated Crake (Micropygia schomburgkii) - Maxalalagá
Short-crested Flycatcher (Myiarchus ferox) - Maria-cavaleira
Razor-billed Curassow (Pauxi tuberosa) - Mutum-cavalo
Short-tailed Pygmy-Tyrant (Myiornis ecaudatus) - Caçula
Buff-cheeked Tody-Flycatcher (Poecilotriccus senex) - Maria-do-madeira
Buff-cheeked Tody-Flycatcher (Poecilotriccus senex) - Maria-do-madeira
Madeira Parakeet (Pyrrhura snethlageae) - Tiriba-do-madeira
Madeira Parakeet (Pyrrhura snethlageae) - Tiriba-do-madeira
Long-tailed Potoo (Nyctibius aethereus) - Mãe-da-lua-parda
Green-tailed Goldenthroat (Polytmus theresiae) - Beija-flor-verde
White-breasted Antbird (Rhegmatorhina hoffmannsi) - Mãe-de-taoca-papuda
White-breasted Antbird (Rhegmatorhina hoffmannsi) - Mãe-de-taoca-papuda
Rufous-faced Antbird (Myrmelastes rufifacies) - Formigueiro-de-cara-ruiva
Rufous-faced Antbird (Myrmelastes rufifacies) - Formigueiro-de-cara-ruiva
Eastern White-bellied Antbird (Sciaphlylax pallens) - Formigueiro-de-cauda-baia
Ruddy-tailed Flycatcher (Terenotriccus erythrurus) - Papa-moscas-uirapuru
Rufescent Tiger-Heron (Tigrisoma lineatum) - Socó-boi
Rufescent Tiger-Heron (Tigrisoma lineatum) - Socó-boi
Cinereous Antshrike (Thamnomanes caesius) - Ipecuá
White-throated Tinamou (Tinamus guttatus) - Inhambu-galinha
Solitary Sandpiper (Tringa solitaria) - Maçarico-solitário
Dwarf Tyrant-Manakin (Tyranneutes stolzmanni) - Uirapuruzinho
Common Scale-backed Antbird (Willisornis poecilinotus) - Rendadinho
Spotted Puffbird (Bucco tamatia) - Rapazinho-carijó
OUTROS ANIMAIS
Tayra (Eira barbara) - Irara
Black Agouti (Dasyprocta fuliginosa) - Cutia
Tayra (Eira barbara) - Irara
White-lipped Pecary (Tayassu pecari) - Queixada
Amazon Red Squirrel (Sciurus sp.) - Esquilo-vermelho-da-amazônia
Peruvian Spider-Monkey (Ateles chamek) - Macaco-aranha-peruano
Butterfly
Butterfly
Butterfly
Nova Mutum, Porto Velho – RO, 25 de outubro de 2015 (Domingo)
(Wild Horse – Rolling Stones)
Na Amazônia... quem diria!

E no primeiro dia de passarinhada aquela mistura de sentimentos; uma alegria imensa de estar aqui, uma empolgação extraordinária por estar escutando bichos incomuns para a minha realidade, mas, ao mesmo tempo, uma grande frustação por não saber alguns bichos que estavam cantando. É uma sensação muito ruim não saber o que está ao seu redor. Quem é passarinheiro sabe bem do que estou falando. Às vezes, chega até a doer no peito de tanta angustia. Para amenizar essa sensação, estava gravando TUDO que escutava ao meu redor, até os bichos que eu já sabia. Vez por outra, alguma novidade acaba cantando no fundo da gravação do bicho conhecido. 

Em geral, o primeiro dia já foi sensacional e sinto que as coisas melhorarão. Vamos passarinhar alguns dias a tarde e em nossos dias de folga. Passarinhadas sem compromisso rendem bastante. Às vezes rendem até mais do que as que tem algum compromisso (metodologia, objetivos, alvo etc.). Hoje só não fomos passarinhar porque estávamos mortos de cansado de ontem e queríamos descansar. 

Depois do almoço descansamos até umas 16h00 e, a partir daí, começamos a planilhar os dados (listas) que coletamos (fizemos) hoje. Enquanto isso, o Felipe foi me ajudando com as gravações não identificadas. Ficamos fazendo isso até umas 20h00 e fomos jantar. Comi um açaí na tigela e uma tapioca com manteiga. Bom demais o açaí daqui. A parada é consistente mesmo. 

Depois que cheguei, terminei de planilhar os dados e agora vou dormir que amanhã acordo as 03h30. 

​(Agora são 22h00)

Nova Mutum, Porto Velho – RO, 26 de outubro de 2015 (Segunda-feira)
(Gimme Shelter – Rolling Stones)
Segundo dia de campo e já estava demorando para acontecer algo comigo. Não foi maribondo, não foi abelha, mas inchou! Estava voltando do primeiro ponto de escuta hoje de manhã e me segurei num galho para me apoiar. Quando menos espero, uma pontada na parte de dentro do dedo indicador esquerdo. Olhei calmamente e vi que era uma formiga vermelha. Olhei por mais ou menos meio segundo antes de a retirar. 

1x0 para Amazônia. 

Para ser bem sincero, eu nem me incomodo muito com essas coisas. Contanto que a glote não feche, a dor a gente aguenta. 

Hoje de manhã, saímos pouco antes das 4h00 pois iriamos atravessar o Rio Madeira, e aí já é uma logística mais trabalhosa, que envolve atravessar de voadeira (barquinho). Esse negócio de rios extensos/antigos na Amazônia é uma loucura! Uma margem possui certas espécies enquanto a outra margem possui as espécies irmãs (ou próximo disso). Um bom exemplo é que ontem eu vi o Lepidothrix nattereri na margem direita e hoje eu vi seu “irmão”, o Lepidothrix coronata. Bichos que foram separados a milhões de anos e acabaram se especiando*.  Esse é um dos motivos pelo qual essa região que estamos estudando possui mais de 600 espécies registradas em uma área relativamente pequena.

Além de L. coronata, que foi um puto lifer para mim, e ainda deu para ver ele bem (o macho) e fazer algumas gravações, tive outros lifers simpáticos nos primeiros momentos da manhã: Pachyramphus minor, Selenidera reinwardtii, Myiozetetes luteiventris, dentre outros.

Depois do campo, almoçamos e viemos para casa “relaxar o esqueleto”, como diz o amigo Xilipe. Identificamos as gravações que fiz essa manhã, tomamos um café da tarde e fomos para uma mata aqui perto passarinhar sem compromisso (uma passarinhada despretensiosa). Para uma passarinhada despretensiosa de quase duas horas, até que rendemos bem, chegando a fazer uma singela lista de 50 espécies.

Vou marcar aqui no meu guia alguns bichos que vi hoje e vou já dormir.

Hora: 21h17min.
Nova Mutum, Porto Velho – RO, 28 de outubro de 2015 (Quarta-feira)
(Spectrum – Florence and The Machine)
Hoje foi nosso dia de folga (um dos nossos dias de folga). Ao total teremos quatro dias de folga nesses 15 dias de campo. É uma folga a cada três dias de campo. Acho que toda consultoria ambiental deveria ser assim. Não falo isso por preguiça nem nada, é tanto que hoje, mesmo sendo nosso dia de folga, acordamos de madrugada para passarinhar. Falo isso pois acho vantajoso em diversos aspectos: 

1. Temos a oportunidade de descansar o esqueleto que, querendo ou não, faz com que a gente vá a campo com mais gás nos dias de trabalho. Mais descansados; 

2. Nos dá mais tempo de planilhar os dados coletados nos censos; 

3. Temos a oportunidade de identificar as gravações duvidosas realizadas em campo; 

4. Podemos conhecer novas áreas durante as passarinhadas despretensiosas; 

5. E, para quem gosta, podemos tomar uma cervejinha de leve para amolecer os músculos. Querendo ou não, acaba sendo melhor do que tomar outras drogas como Dorflex©, Neosaldina©, etc.

E foi exatamente isso que fizemos ontem; tomamos umas cervejas de leve...

Ontem foi como um dia de campo qualquer. Saímos por volta das 4h, pegamos os auxiliares (Isac e Antônio) e fomos à luta. 

​Mas como qualquer bom ornitólogo de campo sabe: um dia de campo NUNCA é igual ao outro.

E assim foi: vi, pela primeira vez na minha vida, o Anambé-preto (Cephalopterus ornatus). Momento fantástico! O bicho é gigante! Pelo menos, bem maior do que eu via no guia de campo e do que eu imaginava. 
Picture
Estava no segundo ponto de escuta observando um bando de mais ou menos quatro Anambés-pombo (Gymnoderus foetidus), que já é um bicho, desculpe os termos, foda, quando, sem querer, vi o Anambé-preto! Estava lá, os observando com meu binóculo, quando, de repente, bato os olhos em um Anambé-pombo maior que o normal, e, ainda por cima, com o olho brancão. “Esse Gymnoderus ta estranho” eu pensei... “Esse Gymnoderus é Cephalopterus!!”, eu pensei dois milésimos depois. Putz meu irmão! Tenho que fotografar esse bicho... ninguém vai acreditar em mim se eu falar. Nesse momento minha câmera estava guardada dentro da mochila por causa da longa caminhada que fizemos para chegar ao ponto antes do sol nascer. Por incrível que pareça ainda deu tempo de tirar a máquina da mochila e fotografar a espécie. No momento em que tirei a máquina, o bicho voou, mas fiz um playback e ele voltou. Macho e fêmea pousaram bem próximos um do outro. Bom demais! Pena que minha máquina está com o foco quebrado.
Picture
Fiz o restante dos pontos e encontrei com o Felipe na estrada de terra onde cruza a estrada de ferro Madeira-Mamoré. Cheguei no ponto de encontro um pouco depois dele pois ainda tive que andar uns 3km do último ponto até chegar lá, na estrada.

Almoçamos.

Descansamos.

Acordamos.

Tomamos tereré enquanto identificamos as minhas gravações matinais e, por volta de 16h30 fomos passarinhar despretensiosamente na mata do Polo. Lista de espécies dessa passarinhada.

Voltamos para casa, tomamos um banho e fomos jantar. Tomamos uma cerveja na estação de trem (eu, ele e Lissa).

Entre os vários assuntos abordados o que mais marcou foi sobre a “Energia Limpa” dessas hidrelétricas, que não poderia ser mais SUJA; corrupção, ganancia, crueldade e desumanidade dessas obras e das “pessoas” que estão por trás. 

Esses assuntos me afetam de tal maneira, que passo dias remoendo. Às vezes é melhor nem saber... 

Depois do jantar, voltamos para casa, deixamos a Lissa e fomos para um bar tomar a "saideira" e jogar sinuca (2x1 para mim).

Fomos dormir 2h00 da manhã e acordamos hoje ás 05h00. Gravei um Troglodytes musculus clarus aqui em frente ao alojamento enquanto tomava aquele cafezinho para acordar.

Passarinhamos de 6h30 até umas 9h30 e voltamos para casa. Descansamos até a hora do almoço. Lista de espécies dessa passarinhada.

E agora, 16h30, já planilhei todas as minhas listas e gravações.

Ave do dia: Cephalopterus ornatus.
Nova Mutum, Porto Velho – RO, 29 de outubro de 2015 (Quinta-feira)
(Terral - Ednardo e o Pessoal do Ceará)
Nem tudo é sempre do jeito que queremos né? Se pudesse escolher, eu passarinharia todo dia e toda hora enquanto estivesse por aqui, mas como o universo não funciona assim, seria difícil de se concretizar.

​Que enrolação da porra para dizer: Hoje choveu!

Saímos aqui da base na maior chuva do mundo, mas, mesmo assim, fomos até o ponto na esperança de que lá não estivesse chovendo. E na verdade não é tão difícil quanto parece disso acontecer [está chovendo aqui e lá não] já que são quase 80 km de estrada para chegar. Depois de mais de uma hora de viagem chegamos na beira do Rio Madeira e, por incrível que pareça, não estava chovendo, não tinha chovido, e parecia que não choveria mais. Sendo assim, continuamos com a logística de cruzar o Madeira de barquinho e pegar o carro do outro lado. Encurtando a conversa: mal acabei o primeiro ponto de escuta e a chuva iniciou (eram 06h15). Ela começou fininha, mas foi engrossando e até 06h25, ela já estava com força total. Ainda no início, saquei minha capa de chuva e guardei todos os equipamentos na mochila. Coloquei a mochila e cobri tudo com minha capa. Deixei só minha cabeça do lado de fora do capuz para sentir a água fria amazônica no rosto. Emprestei minha outra capa de chuva para o Seu Antônio. 

Ficamos na trilha esperando o Felipe por uns 10 minutos, mas pense nuns 10 minutos bem aproveitados: relaxando na chuva da Amazônia Rondoniense (1ª vez que faço isso esse ano... até porque a última vez que vim à Rondônia foi em 2013). 

Depois que o Xilipe chegou, ainda esperamos quase 2h na margem esquerda para ver se a chuva passava para passarinharmos. O certo era voltar logo para casa, mas o verme de passarinhar é sempre maior.

A chuva não parou. 

Voltamos para casa. 

Cochilo antes do almoço.

Tombamento de gravações/planilhamento de dados.

Passarinhada vespertina.

Casa.

Mag-Nutre. 

Casa / Banho / Sono. 

Listas no E-bird:
1
2 
Nova Mutum, Porto Velho – RO, 30 de outubro de 2015 (Sexta-feira)
“Tem que rir enquanto tem dente...” frase que Xilipe falou na Estação de Trem (restaurante) hoje durante uma longa conversa que tivemos sobre a vida. 

Algo a se pensar... pensar com muita calma.

​Vou dormir que amanhã acordamos as 3h20 novamente.
Nova Mutum, Porto Velho – RO, 01 de novembro de 2015 (Domingo)
(Do I Wanna Know – Arctic Monkeys)
Acabei de receber um e-mail da minha mãe, respondendo um que eu havia enviado de manhã. O motivo do e-mail foi para explicar que passarei 7 dias sem comunicação com o mundo... 7 dias sem internet e sem celular. 

Neste e-mail que ela mandou, chamou atenção à minha obsessão por números: “Você está o verdadeiro homem que calculava! No bilhete, a vida se resume a números”. Talvez ela esteja certa, acho que sou muito ligado a números e contagens, mas com certeza, minha vida não se resume a isso. Há um pouco de sentimento entre um número e outro. Às vezes até uma reflexão acontece entre essas inúmeras contagens. Mas para ser bem sincero, muitas vezes, prefiro nem pensar. Pensar dói, refletir dói! Quanto mais eu conheço/aprendo/sei, mais nojo tenho dos seres humanos! A cada dia tenho mais nojo! Pensar que estão dispostos a colocar milhões/milhares de outras pessoas na miséria para ter mais dinheiro, mais poder! E aqui, em Nova Mutum, estou tendo uma pequena visão disto. Para quem não sabe, Nova Mutum foi construída pois a outra Mutum [Velha Mutum] está debaixo d’água. Está debaixo d’água por causa de usinas hidrelétricas, aquelas que geram energia limpa sabe? Só não sei o que significa esse “limpa”. Milhares de hectares de floresta amazônica de terra firme inundados, o extermínio de espécimes de espécies dependentes de várzea, igapó e terra firme, o bloqueio de percursos de espécies aquáticas (influenciando assim no ciclo de vida de algumas delas), o impacto social, o impacto ambiental, o impacto socioambiental, etc. Se esses e muitos outros impactos forem considerados “limpos”, então é isso mesmo. Usina hidrelétrica Jirau e Santo Antônio: a energia limpa do Brasil. 

Não vou prolongar este assunto agora pois pretendo falar sobre tudo isso com mais detalhes depois. Lembrar de falar também: 
- Como Nova Mutum vai ser uma cidade fantasma;
- Como as pessoas são tratadas como peças de uma grande máquina que, quando estiverem com defeito ou problema são jogadas fora e/ou trocadas. Se a peça “quebrar”, dá no mesmo; troca também e depois de meia hora a máquina já está funcionando novamente.

“Quebrar” que eu digo é “morrer” mesmo. Meia hora depois, tudo volta ao normal...

Me distrai um pouco. Acho que o assunto de uns dias atrás ainda está remoendo.

Hoje foi nosso dia de folga e acordamos um pouco mais tarde. A ressaca me pegou de jeito. Quem mandou tomar mais de meio litro de “Old César”? Começamos a tomar umas aqui em casa e depois fomos para um “piseiro” em Jaci-Paraná. Encurtando a história, o Xilipe foi ameaçado de morte e uns 10 minutos depois eu também fui ameaçado. A melhor opção seria voltar para casa mesmo. Se passamos uma hora foi muito. 

​No mais, é isso... daqui a pouco iremos para outro alojamento em Abunã. Como já falei, lá não terei internet nem rede de telefone. Talvez uma oportunidade para escrever mais?
Abunã, Porto Velho – RO, 02 de novembro de 2015 (Segunda-feira)
(Shine on You Crazy Diamond – Pink Floyd)
Engraçado, nem parece que amanhã é meu aniversário. Acho que era para eu estar um pouco chateado por não estar em casa com meus amigos e minha família. Mas a verdade é que eu estou bem tranquilo por aqui mesmo. Estou feliz por estar aqui, onde não tenho que dar satisfação a ninguém. Um lugar onde quem implora por “satisfação” sou eu... com os pássaros. Todo dia vou dormir pedindo para que o “amanhã” seja repleto de acasos e encontros. 

Falar em “encontros e desencontros”, hoje, eu e o Felipe fomos passarinhar despretensiosamente á tarde e vimos um dos bichos que eu mais queria ver por aqui, a “Maria-do-Madeira” (Poecilotriccus senex)! Com certeza está entre os “Top 5” bichos da viagem. Se duvidar, talvez o que tive a maior satisfação em ver e gravar.
Picture
Para quem não entende, certamente verá um bicho pálido, sem graça e sem sal, mas para mim é (era) um dos bichos mais esperados do oeste amazônico (da “Amazônia ocidental”). Além de ter o visto, consegui gravar seu canto e chamado e ainda consegui uma fotografia mais ou menos. Acredito que o chamado que gravei ainda não era conhecido, pelo menos não publicamente. 

Gravação 1
Gravação 2
Gravação 3

Vou tentar descrever este sentimento fazendo uma analogia: é como se fosse a Disney para uma criança de 10-12 anos, ou ir para o show daquela sua banda favorita, ou conseguir “ficar” com aquela menina que você desejava a algum tempo, e por aí vai. 

​Sim, pois é, acho que meu aniversário aqui vai ser tranquilo. No dia seguinte temos folga, então vamos ver o que pode acontecer. Por enquanto vou “escovar o marfim” (como diz o Xilipe) e me preparar para dormir.

São 21h45min.

Outra coisa boa que esqueci de dizer é que vou estar sem internet e sem sinal de celular por pelo menos mais cinco dias, ou seja, no dia do meu aniversário, estarei incomunicável. 

Que beleza...

Ave do dia [e da viagem]: Poecilotriccus senex.
Picture
​Abunã, Porto Velho – RO, 03 de novembro de 2015 (Terça-feira)
(Machine Head – Bush)
Às vezes fico na dúvida se afinal tenho sangue ruim ou se meu sangue é bom. Geralmente quando vou a campo com colegas, muitos, se não todos, pegam carrapato e eu muitas vezes saio limpinho ou, no máximo com um ou dois. Hoje já catei o segundo da viagem, então espero que seja o último. O engraçado é que o Felipe não pegou nada, ou seja, o cara é pior do que eu! Um tirei do quadril enquanto planilhava os dados de campo no computador e o outro tirei hoje, no banho, enquanto passava sabonete nas costas. 

Hoje, enquanto apagava as fotos que tirei em campo pela manhã, perdi um pouco a paciência com a câmera. Tirei 879 fotos desde a recarga de ontem e tenho que optar entre a foto ruim e a menos ruim. Faz algum tempo que estou tendo problemas técnicos com ela, acho que desde que comprei o corpo novo (Canon 7D Mark II).  Acredito muito que ela veio com defeito de fábrica. Não importa o que a pessoa faça, a câmera não “fecha o foco”. Vários amigos já testaram e concordam. Dessa vez não é problema com “a peça que está atrás da câmera”. 

Enquanto apagava as fotos ruins (quase todas), decidi, por vez, escrever uma carta para a Canon. Agora ela já está escrita e só vou esperar um local com internet para enviar (depois da minha mãe dar aquela velha revisada no texto, é claro). Geralmente os gringos respeitam bem o consumidor. Não é essa palhaçada do Brasil que, se a câmera vier com defeito, o problema é do cliente. Mas também tem a questão dos consumidores gringos não serem “espertinhos”. Enfim, deixa isso para lá. Até agora já passei por mais de 20 situações no Brasil onde “perdi” em todas! E já passei por umas três nos EUA onde resolveram tudo da melhor maneira possível. 

Ah, deixa isso quieto, vamos esperar para ver no que vai dá (acredito muito que tudo será resolvido da melhor maneira possível).

Amanhã é meu aniversário. 

Ave do dia: Ceratopipra rubrocapilla. 

Picture
Abunã, Porto Velho – RO, 04 de novembro de 2015 (Quarta-feira)
(Time – Pink Floyd)
São 23h, hoje ainda é meu aniversário (grande coisa) e amanhã acordarei ás 5h para irmos passarinhar na fazenda Santa Carmem (uma mata de terra firme bruta que fomos averiguar hoje). Amanhã é nosso dia de folga e, por isso, vamos passarinhar nesse local. Levarei meus equipamentos como de praxe, mas, sinceramente? A minha vontade era de deixar a minha máquina fotográfica aqui no alojamento. Hoje ela conseguiu me tirar do sério de verdade! Na verdade, ela e o cabo do meu gravador me tiraram do sério, mas com certeza ela foi o motivo principal. 

Hoje o dia foi um pouco mais puxado que os outros: acordamos as 3h30 para podermos fazer tudo, sair de casa as 4h07 e estar no ponto as 4h50. Fizemos isso, pois hoje queríamos começar pelo final do transecto. Ao invés de fazer como sempre, começar em 50m e acabar os pontos de escuta perto dos 2250m, fizemos de outra maneira. Chegamos no início do transecto uma hora antes para poder andar até o 4000m ainda no escuro e começar os pontos de escuta de lá. Em outras palavras fiz um “cooper” na Amazônia de pelo menos, 8km. Estou bem! 

Geralmente, as pessoas só veriam coisas negativas em tudo isso que falei: 
1. Acordar cedo (acordar muito cedo); 
2. Andar pra caramba; 
3. Tudo isso num calor dos infernos (se é que o inferno chega a ser tão úmido assim). 

Mas a verdade é que SEMPRE há recompensas nisso tudo. Se não fosse difícil, não teria graça! 

Hoje tive como recompensa e presente de aniversário, ainda no escuro, as 5h15, um TATU-CANASTRA!!! Acho que dispensa qualquer explicação né? O bicho é gigante! Nunca parei para imaginar. Pense num susto grande. Enquanto estávamos andando (eu e Lalá) numa passada rápida para chegarmos aos 4000m antes de clarear, um vulto grande sai do mato para dentro da trilha. Quando joguei a luz da lanterna, era o bicho! Fantástico! Quando essas coisas acontecem comigo, fico pensando um monte de coisas: quantas pessoas na face da terra já viram um bicho desses em vida livre? Quando será que verei um bicho desses novamente? Será que um dia vejo esse bicho de novo? Às vezes penso que nunca mais. A verdade é que não tem como saber. O Felipe já veio para essa região mais de 15 vezes, ou seja, já passou, pelo menos, 230 dias em campo nesta região e nunca viu. 

Não sei se um dia o verei novamente, mas por enquanto prefiro pensar que foi um presente de aniversário. Agradeço ao acaso pelo presente. 

Por outro lado, também tive alguns contratempos no meu aniversário. Basicamente relacionados aos meus equipamentos de trabalho. A algum tempo ando insatisfeito com o meu equipamento fotográfico. Como já falei, ele não está “fechando o foco” no assunto. Não foca, não crava, não espoca! Para resolver esse problema levei-a para um cara em Fortaleza para consertar. O foda é que depois que a peguei, além dela continuar com o mesmo problema, agora, vez por outra, enquanto eu estou tentando focar ela trava! E hoje apareceu uma novidade só para acrescentar mais problemas; apareceu uma mensagem que nunca havia visto antes: “Err 01: Comunicação entre câmera e objetiva incorreta. Limpar contatos objetiva”. O pior é que isso aconteceu umas 3 vezes só hoje! Me tirou do sério para caramba. E como se isso já não bastasse, nas cinco últimas gravações que fiz, começou a dar mal contato no cabo do microfone. Fiquei muito puto quando juntou tudo isso. Vou até parar de falar disso para não lembrar...

Mesmo assim, a vontade é nem levar a máquina amanhã.

Bicho do dia: Tatu-canastra (Priodontes maximus).

Almoço porreta!

Cochilo maciço.

Gravações tombadas.

Passarinhada na fazenda Santa Carmem!

Compra de cervejas no Mota!

Jantar na dona Rute (Dona Roots).

Birita em casa.

Dormi: 23h40.
Abunã, Porto Velho – RO, 05 de novembro de 2015 (Quinta-feira)
Hoje foi o dia dos mamíferos! 

Impressionante como nós, ornitólogos/observadores de aves “temos sorte” para ver os mamíferos em campo. E na minha opinião, não podíamos registrar de maneira melhor (de maneira mais completa/efetiva): sempre que possível, fotografamos o máximo possível, e se o bicho estiver vocalizando, aproveitamos para fazer umas gravações, além de observar o comportamento do animal com binóculo. 

​Na passarinhada dessa manhã, além das mais de 60 espécies de aves observadas, registramos dois mamíferos, com fotografias e gravações; a Queixada (Tayassu pecari) e o Macaco-aranha aqui da região (Ateles chamek). Fiz umas quatro gravações de mais de 3min de um filhote de Macaco-prego que estava chamando pelos pais em uma árvore isolada. Sei que eram os pais pois o Felipe conseguiu boas fotografias dos dois adultos que estavam em outra árvore. Sei que era um macho e uma fêmea pois um tinha pênis e outro tinha as mamas mais desenvolvidas. E sei que eram os pais por causa do olhar de preocupação que só um pai e uma mãe tem pela cria. Juntando as fotos do Felipe com minhas gravações, o registro não poderia ter ficado mais completo (na minha opinião, isso vale ainda mais que uma coleta).
Na volta para o carro nos deparamos com um bando de, pelo menos, umas 100 queixadas. Naturalmente registramos com fotos e gravações. Fiz uma foto e duas gravações, uma de 3min e outra de quase 7min, onde é possível escutar os “estalos” que elas fazem e dá para ouvir grunhidos e o barulho que eles fazem correndo pelo mato, quebrando tudo pela frente. 

Quando finalmente conseguimos sair do mato, já eram quase 13h. O Felipe ainda parou no caminho, ainda dentro da fazenda Santa Carmem, para dar um mergulho rápido num córrego de água limpa. Para ter uma noção do tamanho desta fazenda, depois que entramos na porteira principal ainda andamos mais de meia hora de carro para chegar onde queríamos passarinhar, numa área de manejo de retirada de madeira legalizada. Essa área tem mais ou menos 12km de “fundura” e pelo menos quatro vezes maior em comprimento. É uma área gigantesca de floresta Amazônica de terra firme. E é isso que os bichos que encontramos lá nos indicam (Ex: Rhegmatorhina hoffmannsi). 

Antes de sair da fazenda, falamos com o Sandro, o rapaz que cuida da propriedade e que nos deixou (permitiu) entrar. Agradecemos e aproveitamos para mostrar um mutum que havíamos fotografado no início da trilha. (Quando chegamos hoje bem cedo ele falou meio num tom de desafio: “quero ver uma foto de mutum, viu”).

Chegamos em Abunã, almoçamos e cochilamos até o final da tarde, aproveitando bem o nosso dia de folga. Eu acordei as 16h10 e o Felipe mais ou menos meia hora depois. 

Passamos o resto do dia tomando tereré, planilhando dados, conversando e escutando músicas.

Bicho do dia: Tayassu pecari.

Para muita gente teria sido o macaco-aranha. Para mim também seria, mas é porque a situação, o momento com as queixadas foi tão forte. Além de ver uma fêmea com uns 3 filhotes por mais de um minuto, deu para sentir o cheiro fortíssimo do bando passando bem perto de nós e teve o “boom” de adrenalina que senti. O medo que já tenho de porco selvagem... e eles poderiam ter corrido em nossa direção e sem querer ter nos atropelado. No final da segunda gravação talvez dê para sentir isso um pouco. 

Abunã, Porto Velho – RO, 06 de novembro de 2015 (Sexta-feira)
(Ain’t no Sunshine – Bill Withers)
De todos os dias de campo, talvez hoje tenha sido o dia mais improdutivo por causa do tempo. Estava aquele famoso “chove e não molha”. Não estava chovendo o suficiente para encerrar a metodologia, mas também não estava no tempo ideal para tirar o microfone da mochila para fazer algumas gravações. É tanto que hoje, infelizmente, não fiz nenhuma gravação. Mas mesmo tendo sido um dia “improdutivo”, vi algumas espécies que ainda não tinha visto nessa campanha, e também vi uma que nunca havia registrado antes; o Martinho-pescador-do-mato (Chloroceryle inda). Além de ter visto e fotografado ele, consegui ver e fotografar pela primeira vez, o Inhambú-anhangá (Crypturellus variegatus). 
Não fomos passarinhar a tarde porque desde a hora do almoço até mais ou menos umas 15h, não parou de chover. Dormi de 12h10 até umas 14h30, planilhei os dados do campo de hoje, escrevi um pouco e comecei a organizar umas gravações que fiz em Rondônia em 2013, quando vim para a Amazônia pela primeira vez com o Arnaldo. Já estava na hora de dedicar um tempinho para elas. O Felipe está me ajudando para caramba com isso. Para se ter uma noção tem bicho que gravei que eu nem sabia que um dia tinha chegado tão perto, como o Gavião-miudinho (Accipiter superciliosus) e o Saurá-de-pescoço-preto (Phoenicircus nigricollis), que, na época, gravei pensando que era algum papagaio. Foi muito massa (legal) “descobrir” essas novidades. 

Organizei mais de 80 gravações hoje. E acabei tomando umas cervejas também. O tereré não bastou para essa quantidade de trabalho.

Jantei na Sorveteria da Dona Roots e vou anotar aqui os lifers que consegui fotografar até agora.

1.    Tyrannopsis sulphurea
2.    Hypocnemis peruviana
3.    Myiozetetes luteiventris
4.    Bucco tamatia
5.    Corythopis torquatus
6.    Notharchus tectus
7.    Polytmus theresiae
8.    Philydor sp.
9.    Poecilotriccus senex
10.    Rhytipterna immunda
11.    Gymnopithys salvini
12.    Drymophila devillei
13.    Myrmeciza hemimelaena pallens
14.    Crypturellus variegatus
15.    Gymnoderus foetidus
16.    Selenidera reinwardtii
17.    Cephalopterus ornatus
18.    Attila citriniventris
19.    Schistocichla rufifacies
20.    Cyanerpes nitidus
21.    Heliomaster longirostris
22.    Galbula cyanescens
23.    Myrmotherula menetriesii
24.    Campephilus rubricollis
25.    Epinecrophylla haematonota amazonum 
26.    Mitu tuberosum
27.    Chloroceryle inda

​
Ave do dia: Crypturellus variegatus.
Picture
Abunã, Porto Velho – RO, 08 de novembro de 2015 (Domingo)
Último dia em Abunã e o último dia de campo. 

O último dia de todas as expedições são assim, principalmente quando é em um local ermo desse mundo, como as terras remotas da Amazônia rondoniense. É uma mistura de saudade (de casa, da Dona Roots, do sorvete da Dona Roots, dos pássaros) com alívio de estar voltando para casa, para a família, para a mamãe, para o papai, para a Liz, para o Otto. 

Ontem não escrevi para mostrar que eu conseguiria ficar sem planilhar e sem escrever por um dia! Confesso que não fiquei muito bem. É tanto que demorei bem mais para adormecer. Demorei por volta de 6–8min. Mas eu tenho que treinar essas coisas: “ficar mais de boa”, como diria o meu amigo Bob.

Como hoje foi meu dia de despedida, eu e o Felipe estamos bebendo até agora (23h20) para comemorar os dias de campo, as aves e os momentos.

Amanhã acordarei as 5h00 para passarinhar em algum canto, afinal estou na Amazônia meu amigo! Espero fazer pelo menos umas 10 gravações amanhã. Se uma ficar boa, está ótimo! 
Tentamos passarinhar na fazenda Santa Carmem, mas não conseguimos falar com o Sandro. 

Lifers restantes: 

28.    Synallaxis rutilans 
29.    Tinamus guttatus 
30.    Heliornis fulica 
31.    Nyctibius aethereus
32.    Terenotriccus erythrurus
33.    Micropygia schomburgkii
34.    Buteo platypterus
35.    Myrmotherula sp. 
36.    Sciaphylax hemimelaena
37.    Hydropsalis nigrescens
38.    Trogon melanurus
39.    Tangara velia
40.    Tringa solitaria
41.    Leucopternis kuhli 
42.    Pyrrhura snethlageae

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Fortaleza-CE

19/1/2016

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Fortaleza – CE, 9 de setembro de 2015 (Quarta-feira)
(No toca fita do meu carro – Bartô Galeno)*

* Lembrete pessoal:  “ Se um dia eu for preso, não levar sabonete Phebo.”

Acabei de voltar do aeroporto. Fui deixar a Fernanda (Fernanda Fernandex)...

Vão completar 15 dias que estou todo entupido. Aqueles sintomas de quando a pessoa está entupida a muito tempo sabe?  Dores nos sinos, pressão nos olhos, leve dor de cabeça, quando espirra, parece que o cérebro vai explodir, essas coisas.

Tirando essa parte, está tudo tranquilo; tive um feriado sensacional em Guaramiranga-CE, registrei, junto com Leandro e Fernanda, mais de 100 espécies de aves, e estou escutando Bartô Galeno enquanto escrevo. Só faltou agora uma dose de cana e praia. Acho que a praia vou resolver em breve, mas vou ficar sem a dose mesmo, melhor assim.

Para os interessados em observação de aves, segue as listas realizadas durante os dias em Guaramiranga-CE:
* Lista 1 (com Leandro Ribeiro)
* Lista 2 (com Leandro Ribeiro)
* Lista 3 (com Leandro Ribeiro)
* Lista 4 (com Fernanda Fernandex)
* Lista 5 (com Fernanda Fernandex)
* Lista 6 (com Fernanda Fernandex)

Para quem for olhar as listas, sugiro que apertem o "play" na música acima. É outra experiência.
***
Subi a serra no sábado com o Leandro e a Suzy. Almoçamos um peixe frito na “casa do peixe”, antes de Baturité, e, quando chegamos em Guaramiranga, só deixamos os pertences no chalé e já fomos passarinhar.

Podemos dizer que o feriado foi mais ou menos isso:  passarinhar, comer tapioca, passarinhar, comer tapioca de novo, dormir, acordar cedo, passarinhar. E por aí vai...

​Como a Fernanda iria passar uma manhã comigo em Guaramiranga e queria ver alguns bichos que nunca havia visto antes (lifers), eu e o Leandro fomos atrás dos melhores pontos para observar esses bichos, para otimizar o tempo em que eu estivesse com a Fernanda. O Leandro é meu parceiro dos matos, sempre que tenho uma missão que envolve “mata”, o Leandro está lá para fazer a melhor companhia possível. E essa boa companhia não deu em outra; fizemos o primeiro registro fotográfico do Gavião-bombachinha-grande (Accipiter bicolor) no Maciço de Baturité, e melhor ainda, no Parque das Trilhas. Realmente, não tem segredo, o negócio é estar nos matos.
Accipiter bicolor (Gavião-bombachinha-grande)
O Leandro foi embora na 2ª-feira (07 de setembro) a tarde, 10 minutos depois que a Fernanda chegou. Assim que ela chegou, deixamos suas coisas no chalé e fomos dar uma volta rápida no Parque das Trilhas para ver alguns bichinhos que ela ainda não havia visto. Em mais ou menos uma hora já conseguimos ver 4 lifers [para ela]: bico-chato-amarelo (Tolmomyias flaviventris); João-de-cabeça-cinza (Cranioleuca semicinerea); Chorozinho-de-cabeça-preta (Herpsilochmus atricapillus) e Pica-pau-anão-da-caatinga (Picumnus limae).
Tolmomyias flaviventris (Bico-chato-amarelo)
Cranioleuca semicinerea (João-de-cabeça-cinza)
Herpsilochmus atricapillus (Chorozinho-de-cabeça-preta)
Picumnus limae (Pica-pau-anão-da-caatinga)
Quando o sol esfriou mais um pouco, fomos em busca dos Caras-sujas (Pyrrhura griseipectus) que é praticamente a espécie mais importante de se ver na serra, devido ao seu grau de ameça e à sua distribuição restrita. 

Chegando ao local onde geralmente encontro-os, a tensão cresce à medida que o tempo passa sem que os bichos apareçam:

- 16h00min: nada... 

- 16h30min: nada...

- 17h00min: nada...

Só bandos cantando e voando longe. 

- 17h10: pousaram do nosso lado! 

Obrigado Senhor! Nessas horas até eu fico meio religioso!
Picture
Essa é a parte louca de guiar pessoas nessas atividades de “birdwatching”, essa tensão/emoção que não existe nas consultorias ambientais. Quando você está guiando, você se envolve, quer que a pessoa veja TUDO!  Quando o bicho não aparece, começa a bater um leve nervosismo por dentro, ainda mais quando é um bicho importante como o cara-suja. Ainda bem que esses caras apareceram... e apareceram bem. Pena que já estava com pouca luz. Mas deu certo. 

No outro dia de manhã vimos muitos bichos e muitos que ela queria. Mais 11 para a lista de lifers da Fernanda:  Chorozinho-de-chapéu-preto (Polioptila plumbea), Taperuçu-de-coleira-falha (Streptoprocne biscutata), Andorinhão-do-temporal (Chaetura meridionalis), Pica-pau-ocráceo (Celeus ochraceus), Beija-flor-vermelho (Chrysolampis mosquitus), Arapaçu-rajado-do-nordeste (Xiphorhynchus atlanticus), Maria-do-nordeste (Hemitriccus mirandae), Vira-folha-cearense (Sclerurus cearensis), Surucuá-de-barriga-vermelha (Trogon curucui), Guaracava-grande (Elaenia spectabilis), Tovaca-campainha (Chamaeza campanisona). E muitos outros com fotos maravilhosas, parabéns Fernanda.
Na volta comemos o velho e bom peixe frito na “casa do peixe”.

Devolvemos o carro que ela havia alugado e esperamos a prima dela chegar no aeroporto para sairmos todos juntos de taxi aqui para casa.

...sim, sobre o sabonete phebo...

Viajo constantemente e já tenho uma certa experiência em o que levar e o que não levar para uma viagem. Sei o que levar em uma viagem longa, em uma viagem curta, o que levar dependendo do objetivo da viagem (fotografia, passarinhos, festas, férias). Mas às vezes, no meu caso, muitas vezes, eu esqueço uma coisa ou outra, e nessa viagem foi a vez de esquecer o sabonete. Como não iria ficar sem usar sabonete, peguei o primeiro que vi ali por cima. Mas quando se trata de objetos de terceiros, tenho o maior cuidado, ainda mais quando é um artigo de higiene pessoal. Faço o máximo para que a pessoa não perceba: faço espuma utilizando só as mãos (sem passar ele no corpo), tento deixar ele limpinho e uso pouco.

Como eu estava tendo todo esse cuidado para não ser percebido, TUDO deu errado! O sabonete caiu no chão umas 7 vezes, sem exagero. Toda vez que caia, voltava como um sabonete esfoliante. E quando eu estava conseguindo tirar a ultima pedrinha do sabonete phebo-esfoliante, ele caia de novo. Na ultima vez que caiu, ele já estava na metade do tamanho de tanto eu passar água pra limpar.

​Foda-se meu amigo.

Deixei o sabonete sendo esfoliante mesmo... pela metade.

Peço desculpas ao dono. Vou comprar um novo e deixo no mesmo cantinho que achei.

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Expedição Seridó Potiguar

23/11/2015

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Sempre que sou convidado para trabalhar em uma localidade nunca antes explorada [por mim], percebo claramente do quanto eu gosto desse negócio chamado "acaso". O sentimento de não saber exatamente o que acontecerá no dia seguinte.
Quem vou conhecer?
Quantas e quais aves verei/escutarei?
Como vai ser?

Antes de ir à uma nova localidade é sempre bom saber não apenas do ambiente e quais os prováveis bichos que verei durante a expedição, mas também um pouco da cultura e das pessoas.

Parelhas-RN é um município pequeno, que abriga aproximadamente 22.000 habitantes e é conhecido como a  "Cidade da telha" (não vi muitas), "Cidade do Boqueirão" (acredito que seja devido ao açude do Boqueirão. A serra também é conhecida como Boqueirão), "Paris Seridoense" (não sei porque) e "Cidade de Mulher Bonita" (vi algumas. Não muitas. Não sei se o suficiente para poder ser chamada de Cidade de Mulher Bonita. Proporcionalmente falando, acho que Fortaleza tem mais e, mesmo assim, não é considerada "Cidade de Mulher Bonita"). 

Picture
Balança-rabo-de-chapéu-preto/Gaitinha (Polioptila plumbea) - Tropical Gnatcatcher
Foram sete dias de campo. Sete dias de muita vivência, de escritas.

Às vezes acho que é tanta escrita que, se fosse eu, preferiria que imagens falassem ao invés de tantas palavras. Como sei que há muitas pessoas que também pensam como eu, vou colocar algumas imagens para resumir a viagem...

...e quem quiser ler mais, é só clicar no link: READ MORE ao final dessa postagem.
As Paisagens:
Na estrada a caminho de Parelhas-RN
Parelhas-RN visto de cima
Parelhas-RN visto de cima
Açude do Boqueirão
Algum lugar na Serra do Boqueirão
Casa abandonada
Na estrada entre a fazenda do Seu Gilvan e Parelhas-RN
Nascer do sol em Parelhas-RN
As Aves:
balança-rabo-de-chapéu-preto (Polioptila plumbea) - Tropical Gnatcatcher
Sibite/Cambacica (Coereba flaveola) - Bananaquit
Bico-reto-de-banda-branca (Heliomaster squamosus) - Stripe-breasted Starthroat
Fim-fim (Euphonia chlorotica) - Purple-throated Euphonia
Águia-chilena (Geranoaetus melanoleucos) - Black-chested Buzzard-Eagle
Fim-fim (Euphonia chlorotica) - Purple-throated Euphonia
Choca-do-nordeste (Sakesphorus cristatus) - Silvery-cheeked Antshrike
Coruja-buraqueira (Athene cunicularia) - Burrowing Owl
Besourinho-de-bico-vermelho (Chlorostilbon lucidus) - Glittering-bellied Emerald
Parelhas – RN, 1 de setembro de 2015 (Terça-feira)
(Work Me Lord – Janis Joplin)*
(Middle Man – Jack Johnson)**
J.J.J.J.
Estou aqui em Parelhas-RN desde o dia 28 e desde o dia 28 tenho vontade de escrever algumas coisas. Não sei o que está acontecendo comigo, mas acho que estou com a síndrome da preguiça. Meu cansaço físico está controlando minha cabeça e não o contrário, do jeito que é para ser.

Agora são 23h e acabei de sair de uma crise de preguiça. 

Cheguei de campo às 9 e meia com o Wylde (colega/amigo de laboratório que está realizando este levantamento de avifauna comigo) e tomamos café da manhã. Amanhã vou resumir os dias dessa expedição em maiores detalhes, então encurtando aqui a história; ficamos tomando cerveja perto da piscina e tomando banho de chuveiro até o almoço chegar, por volta das 14h. Cochilei de 15h até 19h30, acordei, fui ao quarto do Wylde e fiquei cochilando lá, enquanto ele trabalhava. Às 20h, ele me acordou para irmos jantar. Comemos, passei um tempo no quarto dele e vim dormir...

...e foi nesse momento que eu venci a preguiça. Já na minha caminha, coberto de lençóis e edredons para aguentar os 22°C que coloquei no ar-condicionado, bem aconchegado e pronto para dormir, uma temática veio à minha cabeça, fiquei pensando em algumas questões da vida, e assim, foram surgindo ideias, hipóteses etc. 

Pela primeira vez em muito tempo, decidi não deixar escapar.

Tudo começou com: MULHER!
...

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Justificando minha Ausência

24/10/2015

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Fortaleza - CE, 24 de outubro de 2015 (Sábado)

​Passando aqui só para avisar que estarei “fora” por mais ou menos 20 dias...

Antes de ler esta postagem, escutem essa música para sentir um pouco o clima de viagens e partidas...

Há sete dias fui convidado para um trabalho que iniciaria no dia seguinte. (É isso mesmo! A galera é um pouco sem noção as vezes).

Aceitei a proposta, contanto que eu tivesse um tempo para me organizar (mais ou menos sete dias). Entramos em um acordo e aqui estou eu de malas prontas, para ir a um dos locais mais fantásticos do Brasil; A Amazônia Rondoniense.

Estou escrevendo com uma certa pressa pois meu voo está prestes a sair e eu ainda estou aqui querendo dar uma justificativa para alguns compromissos que não vou cumprir, como o de postar aqui no blog as expedições que já fiz pelo Brasil desde quando voltei dos Estados Unidos. Estou escrevendo para que isso possa se tornar uma prova concreta [principalmente para mim] das tarefas que preciso executar.

Estou ciente de tudo isso e já tenho até um cronograma pré-definido para essas coisas:
- Postagem 1: Expedição Seridó (Consultoria em Parelhas-RN);
- Postagem 2: Reflexões em Fortaleza;
- Postagem 3: Tour Nordeste (setembro de 2015);
- Postagem 4: Big Day Brasil;
- Postagem 5: Expedição CameraTrap (ou Expedição “O Leandro é um LOUCO”);
- Postagem 6: Expedição Hemitriccus mirandae;
- Postagem 7: Homenagem ao “Bel” do Badubel;

Os temas são mais ou menos esses acima. São as minhas pendências para ficar em dia com meus relatos. Está tudo no meu caderninho de campo, agora só falta passar para o computador. E só de pensar que quando eu voltar, terei mais 20 dias de escritas e fotografias. Vai ser um trabalho longo e divertido.

​A ideia é postar no dia 16 de novembro e a partir daí, postar de 7 em 7 dias até chegar no contemporâneo. 

Enquanto isso, vou ali na Amazônia...
Fotos de 2013 em uma expedição à Rondônia. É isso e muito mais que me espera por lá:
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    Caio Brito

    Ornitólogo, escritor e aventureiro. Mestre em Zoologia e aprendiz da vida.

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