Inicio esta escrita com a seguinte reflexão retirada do Livro “Um Caderno e Uma Moto: narrativas de uma viagem”:
“…O dono saiu, acho que para tomar o café da manhã, e eu fiquei mais um tempinho conversando com a senhora dele. Só me arrependi de uma coisa: não ter tirado uma foto com eles. Acho que o nome desse município ou bairro era Colibri. Lembro-me dela dizendo “lá de Fortaleza e veio parar aqui, em Colibri!...”. Parando agora para pensar, ela tem razão; a vida é muito estranha, esse negócio de espaço e tempo. Por exemplo, as bananas que eu comprei no Paraná foram consumidas em três estados diferentes (Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul) e acabaram hoje! Aposto que elas nunca esperavam por isso. Havia dezenas de cachos que eu poderia ter escolhido e escolhi logo este que viajou comigo pelo Brasil durante uns três dias antes de serem consumidas. Enfim... eu acho incrível essas questões…” - Página 165 (Para mais informações sobre o livro, clique AQUI).
Ultimamente esta questão tem me deixado mais e mais intrigado. Questões de espaço e tempo (como dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ou como um corpo não pode estar em dois espaços distintos no mesmo instante)… enfim, intrigado com a existência em si. Se pararmos para pensar, vamos lembrar que essas questões são relacionadas a física básica que aprendemos na escola. Mas não deixo de perceber o lado filosófico do negócio. Por que escolhi exatamente as bananas que escolhi? Será que teria sido a mesma coisa se tivesse escolhido outro cacho? Será que os outros cachos que ficaram para trás ficariam com raiva se soubessem o tanto de paisagens deslumbrantes que as outras bananas viram? Sorte para as bananas que elas não tem facebook.
Quando paro para recordar dos cantos que eu já fui e como eu cheguei até eles, fico feliz em saber que mais da metade foram sem o menor planejamento. Ou pelo menos foi assim com a decisão de ir, como por exemplo:
Consultoria no Piauí
Expedição Ceará-Piauí-Maranhão-Pará
…
E hoje estou aqui, em Panama City Beach, Florida, com minha irmã por causa disso. Ela deu a ideia e aquilo fixou na minha cabeça até eu finalmente vir até aqui.
“…O dono saiu, acho que para tomar o café da manhã, e eu fiquei mais um tempinho conversando com a senhora dele. Só me arrependi de uma coisa: não ter tirado uma foto com eles. Acho que o nome desse município ou bairro era Colibri. Lembro-me dela dizendo “lá de Fortaleza e veio parar aqui, em Colibri!...”. Parando agora para pensar, ela tem razão; a vida é muito estranha, esse negócio de espaço e tempo. Por exemplo, as bananas que eu comprei no Paraná foram consumidas em três estados diferentes (Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul) e acabaram hoje! Aposto que elas nunca esperavam por isso. Havia dezenas de cachos que eu poderia ter escolhido e escolhi logo este que viajou comigo pelo Brasil durante uns três dias antes de serem consumidas. Enfim... eu acho incrível essas questões…” - Página 165 (Para mais informações sobre o livro, clique AQUI).
Ultimamente esta questão tem me deixado mais e mais intrigado. Questões de espaço e tempo (como dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ou como um corpo não pode estar em dois espaços distintos no mesmo instante)… enfim, intrigado com a existência em si. Se pararmos para pensar, vamos lembrar que essas questões são relacionadas a física básica que aprendemos na escola. Mas não deixo de perceber o lado filosófico do negócio. Por que escolhi exatamente as bananas que escolhi? Será que teria sido a mesma coisa se tivesse escolhido outro cacho? Será que os outros cachos que ficaram para trás ficariam com raiva se soubessem o tanto de paisagens deslumbrantes que as outras bananas viram? Sorte para as bananas que elas não tem facebook.
Quando paro para recordar dos cantos que eu já fui e como eu cheguei até eles, fico feliz em saber que mais da metade foram sem o menor planejamento. Ou pelo menos foi assim com a decisão de ir, como por exemplo:
Consultoria no Piauí
- Caio, tem como tu fazer uma consultoria de 15 dias no Piauí? - o Hugo pergunta;
- Sim, claro. quando é? - eu respondo;
- Daqui a dois dias - ele diz, rindo um pouco;
- Putz, daqui a dois dias! - eu pensei ao lembrar das muitas coisas que eu ainda tinha que fazer naquela semana - Beleza, pode colocar meu nome ai!
Expedição Ceará-Piauí-Maranhão-Pará
- Cabrito, vai fazer o que amanhã? - pergunta o Ciro em uma quinta-feira a noite (eu já estava na casa de um amigo bebendo);
- Éééé… acho que nada. Só ressaca mesmo - eu respondi;
- Vamos para Carajás? - ele perguntou na maior tranquilidade.
…
E hoje estou aqui, em Panama City Beach, Florida, com minha irmã por causa disso. Ela deu a ideia e aquilo fixou na minha cabeça até eu finalmente vir até aqui.
Não posso e nem quero ser a pessoa de dar algum conselho, mas se eu pudesse, eu diria: não tenha medo de fazer as coisas por impulso! Muitas coisas boas já me aconteceram quando agi por impulso.
Obviamente são “impulsos ponderados” como gosto de chamar. Impulsos ponderados são aquelas coisas feitas/decididas rapidamente (impulso), mas com tranquilidade e sensatez (ponderado). Contrário de “impulsos levianos”.
Exemplos para ilustrar:
Continuemos agindo por “impulsos ponderados” para que a Expedição das Bananas possa continuar para sempre.
Obviamente são “impulsos ponderados” como gosto de chamar. Impulsos ponderados são aquelas coisas feitas/decididas rapidamente (impulso), mas com tranquilidade e sensatez (ponderado). Contrário de “impulsos levianos”.
Exemplos para ilustrar:
- Comprar moto: impulso ponderado (no meu caso);
- Entrar em um carro com uma pessoa bêbada dirigindo: impulso leviano;
- Fazer coisas burras em veículos motorizados: impulsos levianos;
- Voltar para Fortaleza para encontrar com uma menina que faz meu coração bater mais forte, mesmo tendo que entregar uma dissertação de mestrado: impulso ponderado (eu acho).
Continuemos agindo por “impulsos ponderados” para que a Expedição das Bananas possa continuar para sempre.